Você tem medo da imprensa?

Você tem medo da imprensa?

O que você faria, e falaria, se fosse convidado hoje, para dar uma entrevista sobre o seu trabalho?

E como você se comportaria, em termos de comunicação, se houvesse uma crise envolvendo sua empresa ou seu trabalho?

Provavelmente você nunca se preocupou com alguns desses assuntos, uma vez que não se trata da sua atividade ou parece algo distante da sua rotina. Entretanto, num ambiente cercado de redes sociais, mídias interativas e sistema digitais – celulares e câmeras, a qualquer momento eu, você, todos nós, podemos virar notícia.

Eu, notícia!!!! Mas como assim?????

Se você acessou este artigo, é porque está na internet e, provavelmente, é membro de alguma rede, comunidade ou sistema interativo, como um blog. O que você faz ou fez, pode a qualquer momento transformar-se em notícia, boa ou ruim, a seu respeito. E sobre isto, não temos pleno controle.

Da mesma forma que toda esta rede passou a unir o mundo inteiro, criando sistemas de comunicação amplos e favoráveis para certas atividades, também possibilitou que emergisse uma onda de irresponsabilidade, onde “notícias” são plantadas e enriquecidas a partir do nada.

Com certeza você conhece alguma “ lenda da internet”, uma notícia que deixa as pessoas até mesmo atemorizadas, mas sem fundamento algum. Desde discos voadores, passando por homens que exibem os órgãos sexuais num determinado ponto, até fantasmas que assombram um local.

E o que tudo isso tem a ver contigo? Bem, a qualquer momento você também pode virar notícia!

Se você criar um produto, serviço, livro, ideia ou qualquer outra coisa que atraia um número certo de pessoas, ou que seja inovador, é bem provável que seja notícia, desde um pequeno ambiente de um site direcionado, até mesmo partindo para a grande imprensa, em nível nacional ou mundial. Até mesmo campanhas filantrópicas e sociais, podem ser criadas e enorme adesão apenas com alguns “clicks” no computador.

Por outro lado, um produto defeituoso, um acidente ou até mesmo um crime, podem ser notícias envolvendo o seu nome.

E então, como agir em ambas as situações??

Ao longo destes anos que lido com empresas de diversos portes e acompanho fielmente as notícias divulgadas em todos os ambientes de comunicação, posso afirmar categoricamente que a esmagadora maioria das empresas e executivos não tem o mínimo preparo de se relacionar com a imprensa – leia-se, órgãos de comunicação.

E isto é péssimo para a imagem e negócios, uma vez que uma imagem que não se conduz, será conduzida por alguém, normalmente, da forma menos favorável aos envolvidos. Você já deve ter ouvido falar que o que vende jornal é desgraça. Eu diria que o que vende é manchete, seja de que natureza for.

Acontece que, como pessoas e organizações muitas vezes não se manifestam sobre assuntos de SEU interesse, o que mais se noticia são os aspectos negativos da situação. Reconheço que nem sempre o veículo de comunicação dá o mesmo espaço para acusadores e acusados, porém muitas organizações nem se pronunciam, piorando a situação e a imagem se desgasta cada vez mais, por conta disso.

Houve um caso há anos, sobre a denúncia de que donos de uma escola haviam abusado de alunos; na época, nem se falava tanto de pedofilia. O resultado, vocês podem imaginar: a reputação e a família foram destruídas de forma impiedosa, com ameaças de pais furiosos e toda a sociedade contra eles. Anos depois, provou-se que o casal era inocente, mas o estrago já estava feito e é algo irreparável.

Este é um caso extremo, mas a inabilidade de conviver com a opinião púbica é um traço característico, inclusive em menor escala. Já imaginou um boato de que a sua empresa está a beira da falência? Você se pronunciaria ou deixaria que os boatos corressem a bel-prazer?

Pois é, muitas empresas preferem calar, em vez de esclarecer os fatos. Admitir deficiências e problemas não se trata de incompetência, mas de tratar com clareza a todos os públicos aos quais a organização deve explicações: clientes, funcionários, fornecedores, acionistas e sociedade.

Informar, em vez de calar, é a melhor estratégia para conduzir a própria imagem, desenvolver boas relações corporativas e criar novos mercados. Quando você, ou sua empresa, se calam quando são solicitados a falar, esclarecer, estão deixando por conta do acaso algo que se leva muito tempo para construir e pouco tempo para arruinar: a própria imagem.

Se você nunca pensou que seria necessário ter uma postura de comunicação e uma estratégia para a própria imagem, creia que esta ação trará muitos benefícios e evitará diversos transtornos para você e seus negócios.

Quem não cuida da própria imagem, deixando-a a cargo de possibilidades e ao sabor do vento, pode ter surpresas bem desagradáveis quando se vê envolvido em uma situação inesperada. Acredite, todos somos suscetíveis a estes momentos. E como você agiria quando algo acontecesse?

Por isso, em meus trabalhos junto às empresas, sempre faço uma pergunta básica: Qual o relacionamento de vocês com a imprensa? Existe este relacionamento?

O que a maioria diz? Nem sabem do que se trata, ou nunca pensaram nisso.

Imagem é tão importante como o patrimônio material. As marcas e, de certa forma, a imagem que elas transmitem, são parte do patrimônio imaterial, aquilo que não se estoca, porém que adquire grande valor no mundo “virtual” de nosso tempo.

Se você também é parte daqueles que ainda não pensaram na imagem pessoal ou da própria empresa, que tal começar a pensar nisso e a adotar uma postura de criar uma imagem favorável e distinta para os seus negócios?

Tenho certeza que plantando, você irá colher boas notícias – suas e da sua atividade. Quando ouvir:

“Extra, extra!” dos jornaleiros, terá orgulho daquilo que produziu e saberá se sair bem quando a noticia não lhe for favorável.

Pense nisso! Quem sabe nos encontramos na próxima manchete?

Marcelo Möass – Turismólogo, Coach e Consultor Organizacional em Hospitalidade e Turismo,Treinamento e Desenvolvimento Profissional
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