Escrito por Gustavo Rocha, diretor da Consultoria GestaoAdvBr
Não há como olvidar que a copa do mundo está sendo o comentário de todos a todo instante. Mesmo aqueles que normalmente não curtem muito futebol, como é o meu caso, ficam maravilhados com a qualidade de algumas seleções e craques.
Apesar da pergunta do título ser pretensiosa, não quero criar uma celeuma de escalações e qualidade do grupo, quero analisar o Kaká no primeiro jogo do Brasil e o Tevez, no jogo de ontem da Argentina contra Korea.
Qual a diferença?
Observamos um Kaka está apático, parecia desmotivado, mesmo nós sendo sabedores da sua potencialidade, vimos um profissional sem força – talvez resultado da lesão anterior – mas, sem qualquer condição de estar em campo representando um país como Brasil.
Vimos um Dunga calado, com pouca expressão e muito sério. Parecia estar vendo os erros e indignado em não conseguir mudar o rumo do jogo.
De outro lado, temos o Tevez que parecia ter uma força de vontade sobrenatural em jogar e vencer. Vimos um jogador habilidoso, mas que tinha um diferencial: Estava com gana de vitória. Queria porque queria batalhar por uma bola, seja no ataque, seja na defesa, não importa. Eu assisti 20 minutos de jogo e vi muito mais vontade do que somente habilidade.
Temos um tecnico (Maradona) que é marrento, orgulhoso, mas, que motiva o seu time como ídolo o tempo inteiro.
Nas empresas temos os mesmos personagens.
Pessoas por vezes habilidosas, mas sem vontade nenhuma. Parece que estar no trabalho é o mesmo que fazer compras, ou seja, um ato corriqueiro.
Alguns dirão que falta motivação do líder, mas sejamos sinceros: O líder não faz milagre sozinho.
Precisamos e muito de toda equipe para obtermos o sucesso.
Por óbvio, quanto mais habilidade temos, mais somos cobrados. Ser mais, significa mais responsabilidade.
Contudo, precisamos de pessoas nas empresas que lutem por si e pela empresa. Sim! Por si também!
Não basta dizer que veste a camisa da empresa e não veste a sua camisa. Você é em primeiro lugar importante. Depois vem o trabalho a ser desenvolvido em prol da empresa como um todo.
Se você não der valor a si mesmo, ninguém dará e você nunca sentirá motivado.
Ficará no meio do campo, esperando a bola chegar nos seus pés e querendo fazer milagres.
NÃO!
Você precisa lutar pela bola, recuperar a jogada no contra-ataque, enfim, não apenas ser diferente, mas fazer a diferença.
E você? Como se vê neste contexto? Mais como um Tevez ou como Kaká?