R$ 50 bilhões foram investidos em startups brasileiras em 2021

R$ 50 bilhões foram investidos em startups brasileiras em 2021

Volume de capital investido em empresas nacionais de tecnologia foi mais que o triplo do registrado em 2020 e promete crescer ainda mais nos próximos anos.

O ecossistema de inovação no Brasil é o mais importante da América Latina e um dos mais dinâmicos do mundo, chamando a atenção de grandes grupos de capital de risco de olho nas startups brasileiras.

Startups são empresas disruptivas que buscam oferecer respostas inovadoras para os principais problemas da economia, de forma escalável e com intenso uso de tecnologia.

Com certeza, você já utilizou os serviços de empresas como iFood, 99 Táxi, Nubank, Gympass, Quinto Andar, entre várias outras. Isso mostra a importância dessas companhias para o cenário empresarial brasileiro e os benefícios que elas trazem não só para o consumidor como para a sociedade.

Antes de atingirem o estágio atual de desenvolvimento, essas empresas contaram com o apoio de investidores privados, que acreditaram no potencial delas e contribuíram para o desenvolvimento dos negócios.

Neste artigo, vamos explicar melhor porque as startups brasileiras estão atraindo um volume tão grande de capital nacional e estrangeiro, assim como quais são as perspectivas de crescimento nos próximos anos.

Startups brasileiras crescem com entrada de novos investidores

Na contramão do mercado de ações, que registrou uma queda de mais de 10% no ano passado, o segmento de startups bateu recorde de investimentos no país, superando a incrível marca de R$50 bilhões.

Entre os motivos para essa procura tão grande por boas empresas de tecnologia, está a pandemia, que forçou a aceleração da digitalização de diversos setores em busca de maior eficiência operacional e automatização de processos.

O valor captado pelas startups brasileiras entre janeiro e novembro de 2021 foi de US$8,85 bilhões, três vezes mais que o registrado em todo o ano de 2020, um recorde para a indústria. Entre os destaques dessas captações, podemos citar:

  • Olist (R$1 bilhão): fornecedora de tecnologia de e-commerce e vendas on-line;
  • Alice (R$724 milhões) e Sami (R$110 milhões): provedoras de planos de saúde;
  • Facily (R$769,5 milhões): aplicativo de compras de produtos com desconto nos mais variados segmentos;
  • Ambar (R$204 milhões): empresa de tecnologia que atua no setor de construção civil;
  • Arquivei (R$260 milhões): fornece soluções de organização de documentos fiscais e prestação de contas para empresas;
  • Shopper (R$170 milhões): atua no segmento de entregas de supermercado;
  • Conta Simples (R$121 milhões): conta digital para empresas e startups.

Como as rodadas de investimento em startups funcionam?

As empresas de tecnologia costumam abrir rodadas de investimento para permitir a entrada de investidores interessados nos negócios.

Em cada etapa, são feitas análises para validar a viabilidade do projeto e a capacidade de ganhar escala. Quanto maior for o potencial da empresa e da tecnologia, maior é o interesse de grupos de venture capital, ou capital de risco, como é conhecido esse tipo de aporte.

Isso porque, em geral, as startups nascem com propósitos inovadores, mas ainda precisam estruturar melhor as operações, profissionalizando a gestão e amadurecendo com as contribuições dos investidores, que frequentemente participam ativamente das decisões corporativas e estratégias de negócio.

Quanto menor for o nível de amadurecimento do negócio, maior é o risco e, consequentemente, maior tende a ser o “prêmio de risco” dos investidores, isto é, a exigência de retorno do capital.

Quando a startup atinge um grau de crescimento relevante e passa a chamar a atenção do mercado de capitais mais amplo, esses investidores iniciais procuram fazer uma saída estratégica dos negócios, geralmente, por meio de um IPO, sigla em inglês para “oferta inicial de ações” na Bolsa de valores.

Relevância das startupsbrasileiras no mercado internacional

De acordo com a empresa de inovação Distrito, responsável por fazer esse levantamento, o Brasil é o sétimo maior mercado global de startup se vem ganhando rapidamente relevância no cenário de inovação do mundo.

Nas primeiras posições da lista de maiores mercados de empresas de tecnologia, estão: EUA, China, Reino Unido, Índia e Alemanha. O Brasil está na frente de países importantes, como Canadá, Israel, Suécia e Holanda.

Para os próximos anos, a tendência é que as startups brasileiras ganhem ainda mais projeção internacional, com muitas delas abrindo capital no exterior, como Nubank, XP, Pagseguro, Stone, Zenvia, entre várias outras.