O mundo está mudando e muito. Tanto no que diz respeito à abordagem de marketing e comercialização com os clientes, bem como, nas relações de gestão de pessoas. As mulheres tinham pequeno reconhecimento de suas influência na perspectiva dos negócios e atualmente se sabe que elas vem impulsionando não apenas novos valores, bem como, o desenvolvimento econômico.
Nos EUA 83% dos bens de consumo são comprados pelas mulheres e 90% das decisões relativas à saúde são delas. Estatísticas mostram que um homem pode recomendar uma empresa para 2,6 pessoas, enquanto a mulher recomenda para 21 pessoas. Num mercado que baliza o sucesso das empresas a partir do diálogo que tem com seus stakeholders; (todos envolvidos – clientes, parceiros, investidores, trabalhadores de conhecimento), as mulheres concentram suas tomadas de decisão nos relacionamentos, o que as torna estrategicamente mais dispostas para os novos desafios.
Em 2004, as mulheres ocupavam 35% dos empregos das Melhores Empresas para Trabalhar e, em 2006, passaram a ocupar 38% dos postos de trabalho. Além de ocupar mais vagas, elas aumentaram a sua participação em cargos de chefia: em 2006 passaram à marca de 31% contra os 20% de 2004. Os dados são oriundos de estudo exclusivo realizado pelo Great Place to Workâ Institute Brasil, que há mais de 10 anos, pesquisa a evolução do ambiente corporativo nacional e as práticas de gestão de pessoas das Melhores Empresas para Trabalhar.
De forma geral, sabemos que o mercado é desejoso por pessoas mais capacitadas e que empreendem em seu crescimento e as mulheres vêm se dedicando mais as suas carreiras e ao desenvolvimento de suas competências, elas também vem provando serem mais bem sucedidas nas universidades onde 70% das pessoas que se formam hoje em todo o mundo são mulheres.
Estrategicamente esse cenário aponta muito outros, mas principalmente que os clientes, sejam de bens de serviço ou produto, estão buscando valores mais femininos como acolhimento, sensibilidade, atenção, dedicação, entre outros. Que e eles tendem a optar por empresas que investem em atividades de Responsabilidade Social como meio ambiente exclusão e apoio a arte e a cultura. Já nas empresas e sua gestão de pessoas, são utilizadas práticas pelas melhores empresas para trabalhar, com foco numa GESTÃO PARA FUNCIONÁRIAS:
– Política de seleção que privilegia a contratação de mulheres com igualdade de condições e capacitação.
– Meta de entrevistar mulheres para processos seletivos de nível gerencial.
– Programas específicos para mulheres: prevenção ao câncer de mama, programas de gestantes, etc.
– Licença para cuidar do bebê: após a licença maternidade.
– Programa de mentoria dentro da organização.
– Eventos com grupos de mulheres.
– Programas para favorecer a ascensão e o desenvolvimento individual de profissionais.
– Comitês de desenvolvimento profissional feminino.
– Plano de carreira com enfoque para mulheres.
– Aconselhamento de carreira.
– Programa de diversidade e inclusão.
O século XXI trouxe um novo paradigma de como se gerencia. Mudanças importantes que tem como equação capturar valores intangíveis passaram ser o centro da nova economia. Não que o sexo feminino seja melhor para enlaçar esses novos desafios, mas os sentimentos femininos presentes in natura no sexo feminino deixam as mulheres mais a vontade para uma época onde não sabemos onde acaba a minha empresa e começa a do meu aliado. Onde acaba a minha empresa e começa a minha casa. E que por fim a velha frase amigos, amigos, negócios a parte é uma grande blasfêmia. Porque um mundo em conexão é muito mais generoso.
Portanto nos parece que o poeta estava correto quando afirmava que “enquanto existir uma mulher alguém estará nascendo e enquanto existir uma criança nos resta esperança”…
Autor: Paulo Ricardo Silva Ferreira – Educador Facilitador. Presidente do Instituto Eckart Desenvolvimento Humano e Organizacional. Doutorando em Ciências Empresariais pela Universidade de Leon/Espanha, administrador de empresas, curso de psicologia, pós-graduado em administração hospitalar.
Redator: Sander Machado – Profissional de comunicação, redator. Coordenador do Núcleo Celebração do Instituto Eckart. Diretor Criativo da ILê Comunicação.