De acordo com a Abit, o futuro da indústria têxtil depende da modernização, melhorias na tributação e aplicação dos valores ESG. Entenda!
A indústria de moda brasileira é uma das mais significativas dentro da economia brasileira. Para se ter ideia, são mais de 1,5 milhão de empregos gerados a partir deste mercado, sendo a maioria para mulheres.
Por isso, o investimento em tecnologia têxtil e medidas ESG são alguns dos focos para os próximos anos do mercado da moda no Brasil. Entenda melhor quais são os pontos de atenção para a indústria da moda brasileira e por que isso reflete diretamente na economia do país!
Investimento no mercado da moda
Em outubro de 2022, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) divulgou a Agenda para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção, assinada por Fernando Valente Pimentel.
No documento, a Presidente da Abit aponta quais devem ser os próximos pontos de atenção do governo e da indústria para mantê-la aquecida nos próximos anos. Um dos pontos de atenção, além do incentivo fiscal e financeiro, é abordar a agenda ESG de maneira mais ampla.
De acordo com o documento, a indústria da moda no Brasil tem impacto não apenas na economia, mas também na geração de empregos, sendo mais de 1 milhão diretos. Outro ponto importante é que grande parte desses empregos é voltado a mulheres, contribuindo com o desenvolvimento pessoal e financeiro de um grupo específico.
Ainda de acordo com a Agenda, a Abit afirma que modernizar o tipo de produção vem sendo uma necessidade essencial para as indústrias brasileiras, principalmente levando em consideração o mercado em outras partes do mundo.
Um ponto importante salientado no documento é o reequilíbrio dos tributos nos diferentes setores da indústria. Segundo o presidente, a manufatura está sobrecarregada de tributos, mesmo sendo 11,3% do PIB. Com reajustes como a redistribuição de tributos, o intuito é fortalecer a base da produção para melhorar as entregas para as outras fases.
Agenda ESG para a indústria
A sigla ESG significa Environment, Social and Governance, ou, em português, Meio Ambiente, Sociedade e Governança. Refere-se a tomada de medidas e decisões que sejam mais sustentáveis tanto para o ambiente quanto para a sociedade. Além disso, também espera-se uma governança mais transparente a todos, algo cada vez mais desejado pelos clientes.
A agenda ESG vem sendo foco de investimentos em todas as partes do mundo desde 2005, quando o termo e suas ideias foram discutidas pela primeira vez em um Congresso da Organização das Nações Unidas (ONU) denominado como “Who Cares Wins”, ou “Quem se importa [com o meio ambiente e sociedade], ganha”.
Além disso, o presidente da Abit também defende que é preciso considerar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU na tomada de decisões.
Na indústria da moda, a preocupação com o meio ambiente é cada vez mais comum entre os consumidores, que buscam por marcas e confecções menos poluentes e que paguem suas colaboradoras da maneira correta.
Medidas que vão de encontro com isso precisam ser tomadas pelas empresas e incentivadas pelos investidores públicos e privados. Esse é um ponto importante para essa indústria, pois é conhecida como uma das mais poluentes, sendo importante para as fabricantes mostrar o que está sendo feito para diminuir os impactos.
De maneira geral, a Agenda assinada pela Abit mostra que a indústria da moda mantém sua relevância, mas que precisa de mais incentivos externos e tomadas de decisões internas voltadas aos valores ESG.