Processo vai desde autoconhecimento até a escolha ideal do curso e organização com as atividades
Grande parte da população já passou por cursos de inglês, mas a barreira da proficiência permanece sendo um desafio. De acordo com o British Council, apenas 5% dos brasileiros têm algum conhecimento do idioma, representando cerca de 10 milhões de pessoas. No entanto, menos de 1% pode realmente se considerar fluente.
Neste cenário, Sabrina Ribeiro, coordenadora pedagógica na Global Me, escola referência em ensino bilíngue em São Paulo, pontua que a falta de intencionalidade, autoconhecimento e uma abordagem personalizada são alguns dos fatores que podem impedir o progresso, necessitando de práticas mais assertivas e eficiente para o aprendizado ser bem-sucedido.
“Em um mundo globalizado, aprender um segundo idioma vai além de uma necessidade profissional, é uma ponte para acessar culturas e exercer a cidadania. Porém, alcançar a proficiência requer mais do que simplesmente ‘falar inglês’ em situações básicas. Para avançar do nível intermediário ao avançado, o aluno precisa de autoconhecimento e metas claras”, complementa Sabrina.
Para a coordenadora, saber o que já se domina e identificar lacunas é essencial para estabelecer objetivos desafiadores e desenvolver estratégias personalizadas de aprendizagem. Alguns dos pilares para superar essas barreiras e garantir o avanço linguístico incluem curiosidade, motivação intrínseca e busca constante por conhecimento.
“Junto a isso, a escolha do curso certo é um passo crucial e pode determinar o sucesso na jornada de aprendizagem. Cada método possui particularidades que podem se adequar ou não ao perfil do estudante. Alguns focam na imersão total, enquanto outros adotam metodologias invertidas, que exigem preparação prévia. Caso o estudante seja um entusiasta da tecnologia, optar por cursos que utilizem plataformas digitais, aplicativos e recursos multimídia pode ser mais eficaz”, ressalta Ribeiro.
Já para quem prefere a interação humana e o aprendizado em grupo, a especialista orienta para métodos mais tradicionais, que podem oferecer uma experiência mais confortável. Além disso, Sabrina destaca que observar o número de alunos por turma, os materiais didáticos e os recursos disponíveis também é importante.
“Outro cuidado essencial é equilibrar disponibilidade e frequência. Escolher um curso com uma carga horária compatível com a sua rotina faz toda a diferença. Sem presença regular, a sequência lógica do aprendizado é interrompida. O comprometimento contínuo é indispensável para consolidar bases e avançar. Por fim, o sucesso no aprendizado começa pela atitude do próprio aluno, sendo fundamental encontrar estratégias e organização de acordo com sua realidade”, finaliza a coordenadora pedagógica.