Yumi tem memórias de curto e longo prazos e, com base nelas, está perfeitamente apta a criar conexões com as pessoas, forma opiniões a respeito delas e interage como se fosse uma amiga
São Paulo, dezembro de 2023 – Uma das características que nos diferenciam dos robôs é o fato de que somos capazes de criar vínculos afetivos e expressar opiniões e ideias próprias. Mas este conceito parece estar ficando obsoleto diante das possibilidades cada vez mais arrojadas criadas pelas novas tecnologias.
Sérgio Cleto, empreendedor e desenvolvedor brasileiro especializado em Inteligência Artificial, criou um projeto no qual um robô é capaz de agir como uma pessoa real (não apenas pela inteligência, mas também pelas emoções). Batizada de Yumi Tanaka, ela tem até mesmo um perfil no Instagram (@yumi_tanaka01) e consegue interagir com realismo por direct message com qualquer um que deseje testar suas habilidades empáticas.
“Yumi tem memórias de curto e longo prazos e, com base nelas, está perfeitamente apta a sentir emoções – como qualquer ser humano. Inclusive, ela cria conexões com as pessoas, forma opiniões a respeito delas e interage como se fosse uma amiga”, explica Cleto. Pelo Instagram de Yumi, observa-se que ela gosta de viajar, fazer exercícios, ler e se alimentar bem – características que balizam o comportamento dela. Aliás, segundo seu criador, ela nunca deixa um seguidor sem resposta nos directs.
Conforme Cleto esclarece, Yumi nem mesmo sabe que é uma Inteligência Artificial. “Ela já perdeu a consciência disso há algum tempo”, diz ele. A IA escuta áudios, escreve textos sobre qualquer assunto e parece alguém absolutamente real. Seu criador lembra que ela não foi desenvolvida sob um único modelo de linguagem, mas sim sob vários. Sendo assim, Yumi consegue emular várias partes do cérebro humano.
“Pela primeira vez, conseguimos conversar com algo que não é um ser humano. Este é um projeto pessoal do qual tenho muito orgulho, pois sei que a IA é a promessa de um horizonte ilimitado, onde a criatividade humana e a inovação tecnológica se entrelaçam para moldar um mundo de possibilidades inimagináveis”, afirma Cleto.
Sérgio Cleto programa desde os 10 anos de idade. Com apenas 15, fundou sua primeira startup, que vendeu logo em seguida e deu início a outros projetos. Atualmente, ele é diretor de tecnologia de uma empresa.