Entenda o que é neuroarquitetura

Entenda o que é neuroarquitetura

O design dos espaços é capaz de estimular sensações e despertar sentimentos.

Talvez você nunca tenha ouvido falar no termo “neuroarquitetura”, mas com certeza já teve suas sensações e sentimentos influenciados por um ambiente. Uma cor que te deixa mais confortável, um material que não te agrada tanto assim ou tecidos que trazem uma sensação de aconchego são alguns exemplos. 

Por isso, antes de ir até uma loja de tintas para mudar a cor das paredes ou ir até uma loja de construção comprar um móvel, é preciso considerar esses impactos. Abaixo, você confere mais informações sobre a neuroarquitetura e como usar ela a seu favor:

Afinal, o que é a neuroarquitetura?

A neuroarquitetura pode ser definida como o estudo dos impactos de um ambiente físico no comportamento dos seres humanos. Ou seja, como os espaços influenciam no humor, na produtividade e até mesmo nos sentimentos das pessoas que o ocupam. 

O estudo desse conceito cresceu ainda mais após o período da pandemia, considerando que as pessoas passaram a ficar muito tempo fechadas nas próprias casas. Assim, foi possível observar de perto como as cores, a disposição dos móveis, o layout dos espaços e até mesmo a iluminação influenciam no seu dia a dia. 

Como os estímulos funcionam?

Para entender como os estímulos funcionam, é preciso considerar que as pessoas passam a maior parte do seu dia em ambientes construídos: casa, escritório, faculdade, academia… todos esses espaços fazem parte de uma rotina comum. 

Essa alta exposição faz com que o cérebro humano desenvolva diferentes sensações. É por isso que algumas pessoas gostam da cor rosa, enquanto outras detestam, por exemplo. O mesmo acontece com a disposição dos espaços, a escolha de materiais e até mesmo o design de móveis. O que é popularmente chamado de “gosto pessoal” está diretamente atrelado a neuroarquitetura. 

Quais aspectos fazem parte da neuroarquitetura?

Tudo que compõe os ambientes que nos cercam pode fazer parte da neuroarquitetura. Para facilitar a compreensão, é possível dividir esses aspectos em quatro categorias: layout, iluminação, cor e acústica. 

Layout

O layout diz respeito à organização dos espaços: a distribuição dos móveis, a ordenação dos cômodos e a escolha dos itens que compõem o ambiente. A tendência é que os espaços com maior sensação de amplitude despertem conforto e relaxamento em quem o ocupa. 

Iluminação

A iluminação nem sempre é lembrada por quem não atua na área da arquitetura e decoração, mas esse é um fator muito importante para a neuroarquitetura. Espaços que apresentam a incidência de luz natural tendem a melhorar o humor e trazer ânimo, enquanto ambientes com luzes artificiais despertam a atenção e colocam o indivíduo em estado de alerta. 

Cor

A percepção das cores pode ser muito pessoal, afinal, cada pessoa tem os seus tons favoritos e aqueles que não entram na paleta de jeito nenhum. Apesar dessas particularidades, é possível associar o uso de cores vibrantes à criatividade, enquanto os tons escuros remetem a sensação de seriedade. 

Acústica

O conforto auditivo também é um ponto essencial para a neuroarquitetura. Espaços de concentração e trabalho, por exemplo, precisam de um isolamento maior que permita o foco. Já as casas e ambientes descontraídos podem contar com uma acústica mais leve. 

Como colocar a neuroarquitetura em prática no ambiente?

Não existe uma regra fixa para colocar a neuroarquitetura em prática. Tudo pode depender da pessoa, do objetivo do ambiente, das possibilidades de layout e até mesmo do que acontece ao redor daquele espaço. 

O ideal é buscar um profissional da área para otimizar os ambientes. Ele será capaz de analisar cada um desses fatores e apresentar possibilidades que conversem com a realidade, o orçamento e as expectativas de cada indivíduo.