O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, falou, no último dia 06, em Xangai, na China, sobre a estrutura e os planos do Brasil para o fomento das energias limpas e renováveis, abrindo o painel “A energia que move as cidades brasileiras”. As oportunidades para o setor também foram apresentadas a cerca de 200 empresários chineses durante a Exposição Universal de Xangai (Expo Xangai), um fórum de investimentos chinês.
Cumprindo agenda na China desde ontem (5), o ministro Marcio Zimmermann fica no país até esta quinta-feira (8), quando reúne-se com autoridades chinesas para avaliar as relações bilaterais entre Brasil e China no setor de energia.
Durante sua apresentação no painel “A energia que move as cidades brasileiras”, Zimmermann afirmou que acredita ser fundamental para o Brasil que a indústria chinesa pense no país e na América do Sul como alvos de investimentos industriais. “Temos um mercado bastante promissor, em franco crescimento e com importante demanda de energia elétrica. Acreditamos que a China pode ser uma boa parceira neste processo”, afirmou o ministro.
O aumento do interesse da China pelo Brasil, na opinião de Marcio Zimmermann, coincide com um período de grande interesse e investimento das empresas brasileiras na China. “Isso tende a evoluir para os dois países”.
Parceria – A relação bilateral entre o Brasil e China passa por um momento de intensificação. A China, de acordo com levantamentos da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), tornou-se o primeiro parceiro comercial do Brasil em 2009. Neste mesmo ano, as exportações brasileiras para China atingiram US$ 20,1 bilhões apresentando um crescimento médio anual superior a 29% entre 2004 e 2009. Já as importações chegaram a US$ 15,9 bilhões, caracterizando um saldo superavitário superior a 4,2 bilhões. Apesar dos valores expressivos, as exportações brasileiras para o mercado chinês ainda estão concentradas principalmente em matérias primas, enquanto as importações se concentram em produtos manufaturados de alto valor agregado.
A participação do mercado chinês no total das exportações brasileiras é significativa e elevou-se de forma expressiva no período 2000-2009, passando de 1,97% para 13,2%. Já as importações brasileiras da China cresceram 58,81% em 2008 e hoje representam 12,46% da pauta de importação.
Os investimentos brasileiros na China foram de US$ 48 milhões enquanto os investimentos diretos chineses estão em torno de US$ 83 milhões concentrado no setor bancário. Entre as principais empresas brasileiras atuantes na China pode-se citar a Embraer, Vale e Petrobras.
“O Brasil já mantém uma grande integração com a China, os dois países têm pontos de vista comuns em diversos assuntos, pelas características semelhantes, portanto percebemos uma perspectiva de aumento das associações entre Brasil e China, especialmente em matéria energética”, disse Marcio Zimmerman.
Fonte: http://www.synergiaeditora.com.br/noticias/910-energia-brasileira-e-apresentada-a-china