No primeiro dia do Safári da Saúde, nossa parada para o almoço foi no restaurante Dom Veggie, um espaço que combina sabor e consciência, oferecendo um buffet vegetariano com alimentos orgânicos certificados.
Essa escolha foi alinhada à discussão sobre tendências de mudança de hábitos do ser humano. Durante a refeição, refletimos sobre como escolhas alimentares conscientes podem impactar a saúde e o bem-estar, além de fortalecer a conexão com o meio ambiente.
Com base no Caderno de Tendências do Sebrae distribuído a todos os membros da Comunidade Social Medic destacamos as principais tendências que guiaram nossa reflexão:
• O veganismo é para todos: A acessibilidade ao estilo de vida vegano, tornando-o mais inclusivo.
• Mente sã, corpo são: A busca por equilíbrio entre saúde mental e física.
• Luta pelo que é certo: O engajamento em causas éticas e sustentáveis.
Veganismo e Vegetarianismo: Um Estilo de Vida em Crescimento
Os termos vegetarianismo e veganismo têm ganhado destaque, atraindo cada vez mais adeptos. Segundo uma pesquisa do IBOPE, em 2018, 14% da população brasileira já se declarava vegetariana ou vegana. Essa tendência se fortaleceu nos últimos anos: em 2021, dados do IPEC revelaram que 46% dos brasileiros reduziram o consumo de carne por vontade própria.
Mas qual é a diferença entre os dois estilos de vida?
- Vegetarianismo: Pessoas vegetarianas excluem carnes de qualquer tipo — bovinos, aves, porcos, peixes ou frutos do mar — de sua alimentação. Há, no entanto, diferentes vertentes dentro desse grupo.
- Veganismo: Além da restrição alimentar, veganos evitam qualquer produto de origem animal, seja em cosméticos, vestuário ou outros itens.
Essa mudança cultural impacta diretamente o mercado. Grandes empresas já apostam em produtos feitos 100% à base de plantas, como a linha “Incrível”, da Seara, que busca atrair tanto veganos quanto consumidores interessados em reduzir o consumo de produtos de origem animal.
O mercado também se expande para atender os chamados flexitarianos, pessoas que consomem carne ocasionalmente, mas priorizam escolhas vegetarianas ou veganas. Este grupo, em transição ou não, representa uma grande oportunidade para empresas que oferecem produtos acessíveis, saborosos e conectados com a memória afetiva.
Além disso, o veganismo ultrapassa barreiras econômicas, chegando à alta gastronomia e ao mercado de luxo. Restaurantes renomados, como o Eleven Madison Park, em Nova York, adotaram cardápios 100% plant-based, alinhando sustentabilidade e sofisticação. O mercado de produtos à base de plantas, estimado em US$ 35,6 bilhões em 2020, pode atingir US$ 74 bilhões até 2027, segundo a Revista Forbes.
Dicas para seu negócio
- Crie selos ou marcadores que identifiquem produtos veganos. Isso facilita a escolha do consumidor.
- Ofereça pratos simples, saborosos e com preços justos, tornando o veganismo acessível.
- Inspire-se no mercado de luxo, que dita tendências e abre caminho para novos segmentos.
Seja no cotidiano ou no universo gourmet, o veganismo é mais do que uma moda passageira — é um movimento em constante crescimento, com impacto direto na saúde, no meio ambiente e na economia global.
Foi um momento enriquecedor, que demonstrou como o bem-estar vai além da saúde física, incluindo escolhas que promovem mudanças positivas no mundo. O Dom Veggie foi, sem dúvida, o cenário perfeito para um diálogo sobre inovação e consciência no estilo de vida.
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