Criminalidade e Tráfico de Drogas: Desafios e Realidades nas Periferias de São Paulo

Criminalidade e Tráfico de Drogas: Desafios e Realidades nas Periferias de São Paulo

Por Sérgio Bustamante, candidato a vereador de São Paulo

As periferias de São Paulo enfrentam desafios profundos e complexos em relação à criminalidade e ao tráfico de drogas. Essas regiões, marcadas pela desigualdade social, são o palco de uma luta diária entre a sobrevivência e a criminalidade. É um ciclo vicioso que perpetua a violência, impactando diretamente a qualidade de vida dos moradores e restringindo suas oportunidades.

A criminalidade não é um problema isolado. Ela está profundamente ligada a uma série de fatores sociais como a falta de acesso à educação de qualidade, a precariedade no mercado de trabalho e a ausência de políticas públicas eficazes. Em muitas áreas periféricas, o Estado está ausente ou chega de forma tardia e ineficaz. Isso abre espaço para que o tráfico de drogas se instale, se tornando uma espécie de “poder paralelo” que controla territórios, submete comunidades e coage a juventude.

Ao falar sobre combate à criminalidade, é impossível ignorar a questão do tráfico de drogas, que atua como o coração das organizações criminosas nas periferias. Para muitos jovens, o tráfico se apresenta como a única alternativa diante da falta de oportunidades legítimas. A realidade de famílias desestruturadas e a vulnerabilidade econômica colocam esses jovens em um beco sem saída, onde a entrada no mundo do crime é uma escolha imposta pelas circunstâncias.

O que precisa ficar claro é que o enfrentamento desse problema vai além de medidas repressivas. Embora seja fundamental fortalecer a segurança pública, com policiamento estratégico e maior presença do Estado, a solução real passa pela construção de um ambiente onde o crime não seja a única opção.

Minha proposta para São Paulo é atacar as causas da criminalidade de forma integral. Isso inclui ampliar o acesso à educação e garantir políticas que mantenham as crianças e adolescentes longe do crime. É essencial também investir em programas de capacitação e emprego que ofereçam alternativas reais para os jovens. Não podemos continuar enxergando a repressão como a única solução; ela deve ser acompanhada por ações que promovam dignidade e perspectivas.

Além disso, é urgente ampliar a presença do poder público em áreas vulneráveis, não apenas com a força policial, mas com serviços de saúde, educação, esporte e lazer. Precisamos de um Estado mais presente, oferecendo opções que transformem realidades e enfraqueçam o poder do tráfico.

Nosso compromisso deve ser com uma cidade mais justa, onde todos tenham acesso a oportunidades e a um futuro sem precisar se arriscar no mundo do crime. A criminalidade nas periferias de São Paulo não será vencida com soluções superficiais. É necessário enxergar a realidade dessas comunidades e agir com seriedade, implementando políticas públicas que combatam as causas da desigualdade e devolvam a dignidade às pessoas.

Essa é a São Paulo que queremos construir: uma cidade segura, onde o sonho e o futuro não sejam roubados pela violência e pelo tráfico, mas nutridos por educação, trabalho e cidadania.