Contratação sob demanda foi fundamental para captação de foodtech

Food To Save apostou no Open Talent para criar um planejamento financeiro, que auxiliou na rodada de captação para escalabilidade de plataforma

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O conceito de Open Talent Economy vem sendo cada vez mais reconhecido no mundo corporativo, dado os inúmeros benefícios do trabalho sob demanda, que se refere à prática da contratação de profissionais com habilidades para solucionar alguma necessidade específica da empresa. A abordagem oferece desde acesso a uma ampla rede de talentos especializados à flexibilidade operacional conforme precisão. 

A tendência chamou a atenção da Food To Save, foodtech que luta contra  desperdício de alimentos, neste ano, quando Lucas Infante, CEO e cofundador da marca, sinalizou para um de seus conselheiros e investidores a necessidade de desenvolver algumas áreas específicas da companhia. 

A empresa procurada pelo empreendedor foi a Chiefs.Group, HRtech pioneira em Open Talent Economy no Brasil, que conecta executivos seniores às empresas para trabalharem sob demanda por meio de soluções flexíveis. “A Food To Save chegou até nós buscando, inicialmente, a elaboração de um planejamento estratégico. Nós conduzimos essa construção junto com eles, acompanhamos os resultados e o replanejamento da marca. Num determinado momento, eles entenderam que estavam prontos para uma captação e precisavam encontrar um profissional sênior de finanças capaz — com muita agilidade, visto que o projeto tinha duração de três meses — de ajudá-los a construir um plano mais robusto da área financeira”, comenta Luciana Carvalho, CEO da Chiefs.Group. 

Lucas explica que para eles o principal ganho foi o custo-benefício de trazer um profissional qualificado e com experiência para atender as demandas que eles tinham em curto prazo. “O investimento em um CFO para um startup early stage acaba sendo inviável pela escassez de recursos. Você precisa equilibrar a necessidade de mão de obra qualificada, de gente preparada para assumir determinada cadeira, ainda mais no c-level, com o fundo disponível”, diz.

Ele complementa discorrendo que o modelo da Chiefs.Group o atraiu pela diferença do valor do investimento em relação a contratar um profissional por fora, e que para ele fez a diferença poder contar com um atendimento personalizado, focado no negócio, entendendo a fundo quais são os problemas que devem ser resolvidos, permitindo que o que está sendo construído siga implementado no dia a dia da startup. 

A agilidade funcionou e a rodada veio!

Do hunting até a formalização da contratação desses serviços sob demanda se passaram apenas 13 dias. O executivo escolhido pela Food To Save foi Italo Sabo, que possui 20 anos de experiência, atuando em companhias multinacionais de diversos países. Ele tinha o desafio de estruturar a área financeira, organizando e padronizando os indicadores, preparando a modelagem para terem uma visão clara dos próximos cinco anos, negociações de contratos para redução de custos, dando suporte para a captação e relacionamento com investidores. 

“Os objetivos passados para o CFO não são mensuráveis, a princípio, em números. Somente na construção de valor do que foi proposto. No caso da estruturação da rodada de captação, foi possível apresentar materiais sólidos e documentos detalhados com o histórico da startup e as futuras projeções. O relacionamento com os investidores e o desenvolvimento da área permitiram que eu tivesse mais tempo disponível para a estratégia e direcionamento da Food To Save, além de ganharmos eficiência nas entregas da área financeira”, conta Lucas. 

E deu certo. No mês de outubro, a Food To Save levantou a rodada para escalar sua plataforma, buscando a entrada em novas cidades para conquistar novos usuários. A captação da empresa foi de R$ 14 milhões, liderada pela DSK Capital, com participação de das gestoras Spectra e HiPartners. 

Os investidores-anjo João Branco (ex-VP de marketing do McDonald’s Brasil), João Galassi (Presidente da Associação Brasileira de Supermercados) e Paulo Camargo (CEO da EspaçoLaser e ex-VP do McDonald’s Brasil) também participaram da rodada. 

“Com a captação vamos entrar em novos mercados, mas também consolidar as 20 cidades onde já temos atuação. Não tenho dúvidas de que contratar um executivo sob demanda foi a melhor solução que a gente encontrou no mercado para a nossa necessidade no momento Eu recomendo aos fundadores que compartilham das mesmas dores do crescimento e que desejam profissionalizar alguma área, ou até mesmo a startup como um todo”, finaliza o CEO.