Conheça 3 empreendedoras que venceram no desafiador mercado B2B

Elas participam da plataforma oHub, onde a presença feminina já corresponde a 35% dos fornecedores

Foto: Freepik

O mercado B2B representa um setor fundamental da economia global, no qual empresas interagem e transacionam produtos, serviços e recursos entre si. Diferente do mercado B2C, ele se concentra nas necessidades das organizações e abrange desde fornecedores de matérias-primas até prestadores de serviços especializados.

Nos últimos anos houve um notável crescimento deste setor no Brasil. Conforme informações divulgadas em agosto pela plataforma de insights ‘Think with Google’, 47% dos gestores empresariais alocaram mais de 20% de seus investimentos mensais para contratar serviços de terceirização. Isso reflete um incremento de 25% em comparação com o ano anterior.

Lúcia Alves, sócia majoritária de uma empresa de treinamentos e capacitação de empreendedorismo para mulheres, diz que o mercado é extremamente desafiador: “Temos grandes clientes, conquistados através da plataforma oHub, cada um com desafio diferenciado e mesmo sendo uma empresa pequena conseguimos atender a todos pois também competimos os preços”. A empresária explica que desde 2018 utiliza a plataforma oHub para fechar negócios e fazer networking. 

O oHub é um marketplace que conecta empresas com prestadores de serviços no formato B2B e atende as categorias de Informática e TI; Segurança; Finanças e Seguros; Consultoria; Comunicação e Marketing; Construção, Limpeza e Conservação, entre outros. 

“Nossa área comercial não para. Com o oHub, nós temos diversas opções dentro do setor em que atuamos. Recebemos oportunidades que se originam em campanhas direcionadas, onde o potencial cliente já preenche o que necessita, cabendo a mim aceitar ou não”, ressalta. “Houve um aumento de 50% no faturamento”, acrescenta Lúcia. 

Além dela, as empreendedoras Verônica Hieda e Rosana Gouveia também se destacam no mercado e utilizam o marketplace para impulsionar os negócios. 

Para Verônica, fundadora de uma empresa de RH, o segredo de se dar bem no mercado é ter disciplina, resiliência e determinação. “Estamos em crescimento exponencial. No 3º ano de atuação já atendemos mais de 280 empresas no modelo de rede colaborativa”. A empresária afirma que o oHub a ajudou a trazer mais visibilidade para a marca.

Segundo ela, o B2B é um mercado disputado, porém, com muitas oportunidades. As empresas enfrentam uma concorrência acirrada e demandam estratégias de diferenciação sólidas. Com o avanço da tecnologia e o surgimento de plataformas digitais, houve uma automação de processos e o acesso às informações estratégicas. As possibilidades também residem nas relações duradouras e lucrativas que podem ser estabelecidas por meio  de confiança mútua. 

Rosana Gouveia, pequena empresária de brindes personalizados, começou sua jornada no empreendimento em 2021. “Não consegui um emprego CLT, então resolvi empreender”, destaca. “O oHub me deu a oportunidade de participar de grupos, fazer networking e conseguir divulgar o meu trabalho. Além da assistente de IA (Inteligência Artificial), Hubia, que me dá todo o suporte nos momentos de criação”.

Um dos desafios encontrados pela empresária durante a carreira foi montar uma carteira de clientes. De acordo com ela, outros concorrentes estão buscando os mesmos clientes, tornando o mercado competitivo e, por vezes, saturado. Em negócios B2B, os ciclos de vendas geralmente são mais longos e exigem paciência para fechar acordos.

Alexandre Pajola, fundador do oHub destaca que 35% dos fornecedores de serviço do marketplace são liderados por mulheres: “É gratificante ter o oHub como um facilitador desse movimento de mulheres de negócios no país. Além de impulsionar a economia, essa crescente presença feminina contribui para oportunidades qualitativas e bem estruturadas”, finaliza Pajola. 

De acordo com o levantamento “Elas no e-commerce”, realizado pela NuvemShop no início deste ano, cerca de seis em cada dez pequenas e médias empresas (PMEs) que atuam online no Brasil são administradas por mulheres. Ainda, dados do Sebrae apontam que o número de empresárias está em 10,3 milhões, contemplando mais de 34% dos empreendedores no país.

O empreendedorismo feminino não apenas revela resiliência e criatividade, mas também demonstra o impacto social positivo que as empresárias podem gerar em suas comunidades. À medida que elas assumem a liderança e empreendem, essa tendência se fortalece.