Perda do poder de compra causada pela inflação faz com que consumidor tenha mais dificuldade em manter seu padrão de vida.
A inflação brasileira pode chegar a 10,15% em 2021, de acordo com o Banco Central e a Agência Brasil. Na prática, isso quer dizer que os preços de itens básicos estarão mais caros, enquanto o salário pode não acompanhar esse aumento todo.
Por isso, encontrar maneiras de “driblar” a inflação e manter o poder de compra é cada vez mais essencial. Uma dica é comprar sempre com cupons de desconto, para conseguir consumir mais com menos.
Entenda o que é a inflação e como ela afeta o consumidor e veja dicas para fazer seu dinheiro render mais.
Entenda o que é a inflação
De maneira geral, inflação é quando há o aumento generalizado dos preços, ou seja, quando todos os produtos ficam mais caros. A palavra “generalizada” é essencial nesse conceito, pois, no dia a dia, alguns produtos pontuais podem ficar mais caros, mas o índice de inflação refere-se ao aumento de todos os produtos de consumo básicos.
A inflação pode ser causada por diversos motivos. Para alguns economistas, a inflação real é a causada pelo aumento da base monetária (quando o governo imprime dinheiro para fomentar a economia, por exemplo), pois isso leva ao aumento da demanda de compra, fazendo com que os valores aumentem.
Outros estudiosos da área, entretanto, também consideram outros fatores, como o crescimento do valor de custo de produção, que é repassado ao consumidor. Dessa maneira, é possível dizer que existem:
- inflação de oferta: aumento do preço consequente do aumento dos custos (eletricidade, combustível, insumos, matéria-prima, etc);
- inflação de demanda: aumento do preço consequente da alta procura;
- inflação monetária: aumento dos valores pelo aumento da base monetária, ou seja, da quantidade de dinheiro em circulação no país (que causa aumento da demanda); considerada a inflação real.
A inflação é medida mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que pesquisa o preço de produtos de itens básicos, como os alimentos, em todo o país e define qual foi o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) daquele mês.
Ao final do ano, é calculado o IPCA acumulado, que define o quanto a inflação subiu naquele ano, já que os preços aumentam com base no índice anterior. Isso é chamado de inflação inercial, que faz com que se crie um ciclo de aumento de preços.
Como a inflação afeta o consumo
Na prática, o que mostra o impacto da inflação na vida do consumidor é o poder de compra. Ou seja, quanto o indivíduo consegue comprar com aquela quantidade de dinheiro. Com o aumento da inflação, o que acontece é a queda do poder de compra, pois o consumidor consegue comprar cada vez menos itens, já que tudo fica mais caro.
Por isso, de acordo com os economistas, os assalariados são os que mais sofrem com o aumento da inflação, pois geralmente os salários não acompanham o aumento dos produtos, fazendo com que o poder de compra se torne cada vez menor. Segundo a Constituição Brasileira, o aumento do salário mínimo de um ano para o outro deve estar acima da inflação exatamente para manter o mesmo poder de compra.
Entretanto, nem sempre esse processo tem valor real no dia a dia. Isso, porque, na melhor das hipóteses, sem o contínuo aumento dos preços, o poder de compra continuará igual ao do ano anterior. Em 2022, é estimado que o salário mínimo brasileiro tenha sua maior alta, resultado do aumento da inflação, mas isso não significa que haverá um maior poder de compra.
O aumento da inflação, como foi visto, é causado por diversos motivos (custos, demanda e base monetária) que estão intimamente relacionados com fatores mundiais. Afinal, a economia é uma ciência complexa, que envolve diferentes variáveis.
Com a pandemia em 2020, a maior parte dos países teve queda em seu desenvolvimento econômico, o que afetou todo o mundo. Além disso, a instabilidade econômica e política do país também diminui investimentos no território, causando desvalorização da moeda de maneira geral.
Dicas para fugir da inflação
Enquanto a inflação não diminui, a população tenta fazer seu dinheiro render cada vez mais. Para isso, algumas dicas podem ajudar na economia doméstica e pessoal. Veja algumas:
- pesquise preços: cada desconto vale na conta final. Por isso, pesquise muito bem os preços antes de comprar, principalmente dos itens de consumo básicos;
- compre em promoções: aguarde pelas promoções para comprar um item básico ou de desejo. Se o estiver barato (de verdade), vale a pena comprar em maior quantidade;
- use a internet a seu favor: pesquise o valor dos itens pela internet, na qual os produtos podem ter valor menor que nas lojas físicas;
- aproveite cupons de desconto: aproveite cupons de descontos na internet para comprar ainda mais barato;
- faça planilha de gastos: o controle financeiro é o primeiro passo para a economia doméstica. Anote tudo o que gastar;
- corte itens não-essenciais: em momentos de alta da inflação, muitas vezes é preciso cortar custos de vida para ter uma rotina mais tranquila.