Saiba como entender o consumidor e impulsionar o desempenho de uma loja virtual
Para se adaptar às rápidas mudanças do mercado, empresas têm investido em pesquisas online para compreender melhor o comportamento dos consumidores. Embora 98% das corporações brasileiras já coletem algum tipo de dado, apenas 73% utilizam as informações para entender a jornada do cliente.
Os dados são de um levantamento realizado pela TOTVS, em parceria com a H2R Pesquisas Avançadas, que destaca que 27% das empresas ainda utilizam os dados de maneira incompleta, deixando de integrá-los às estratégias de marketing para impulsionar o crescimento dos negócios.
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) destaca que a utilização de análises detalhadas ajuda a desenvolver produtos personalizados, alinhados às preferências dos consumidores. Assim, a análise de dados é capaz de criar uma vantagem competitiva no mercado, uma vez que possibilita identificar tendências, otimizar processos e melhorar a experiência do cliente.
Além disso, ela permite explorar lacunas no mercado, criando novas oportunidades para ganhar renda extra e expandir os horizontes do negócio. Contudo, para obter os resultados desejados, é necessário que a análise seja bem estruturada, pensando desde a definição de objetivos até a avaliação criteriosa dos resultados.
Defina o objetivo e o público-alvo da pesquisa
De acordo com o Sebrae, o primeiro passo para elaborar uma pesquisa é definir o objetivo. Uma loja virtual pode, por exemplo, buscar entender a aceitação de um novo produto, mensurar a satisfação dos clientes ou identificar fatores que contribuem para a queda nas vendas de determinado item. Com o objetivo definido, é possível direcionar o estudo, focando nos dados que realmente fazem diferença para o planejamento estratégico.
Compreender o público-alvo também é considerado indispensável. Para isso, é preciso considerar características demográficas, como idade, classe social e localização, bem como comportamentos de consumo, para que a amostragem seja representativa e refletem opiniões do grupo desejado.
A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) destaca que ouvir os próprios clientes é uma das melhores formas de coletar informações, visto que eles já têm experiência com produtos e serviços da empresa e, por isso, estão aptos para apresentar os pontos negativos e positivos.
Use dados secundários
A coleta de dados secundários é uma estratégia para complementar a pesquisa online, a partir de informações previamente coletadas e disponibilizadas por fontes externas, como sites, órgãos governamentais e outras instituições de pesquisa.
Entre os principais exemplos de fontes apontadas pelo Sebrae estão o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e a Fundação SEADE – Sistema Estadual de Análise de Dados, que disponibilizam dados sobre demografia, economia e tendências sociais.
Os dados orientam na compreensão sobre o comportamento do consumidor a partir de diferentes recortes, como região, idade e classe social, possibilitando às empresas ajustar as ofertas de acordo com as necessidades e preferências dos diversos públicos.
Outra alternativa é recorrer a um especialista em pesquisas para obter uma análise técnica e estratégica, alinhada aos objetivos do negócio. Para saber se o profissional de pesquisas online é confiável, a empresa pode verificar a sua experiência e as suas referências, garantindo que ele tenha o conhecimento necessário para transformar os dados coletados em informações valiosas para o negócio.
Desenvolva o questionário com clareza
Um questionário bem elaborado também contribui para garantir o sucesso de uma pesquisa online. Conforme orienta o Sebrae, as perguntas devem ser claras, objetivas e de fácil entendimento, fornecendo as instruções necessárias para os entrevistados.
O ideal é que o tempo de realização não ultrapasse os dez minutos, visto que questionários longos podem desmotivar os participantes. Outra orientação é manter a concisão e o foco nos objetivos do estudo, o que facilita a padronização e a interpretação posterior dos dados.
Ferramentas podem ajudar durante a pesquisa
Existem diferentes ferramentas que podem auxiliar na realização de pesquisas online. O Google Analytics, por exemplo, é utilizado para analisar o comportamento dos usuários em sites de e-commerce, fornecendo dados sobre navegação, conversões e pontos de abandono.
A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) indica que outra ferramenta relevante é o SEMRush, que possibilita estudar as práticas da concorrência e identificar as principais tendências no mercado.
Já para análises financeiras e sociodemográficas, o Mosaic é mencionado como uma solução que auxilia a tomada de decisões baseadas em dados confiáveis. Além disso, a CNDL recomenda o SurveyMonkey para a criação de questionários e formulários, com modelos que podem ser personalizados de acordo com as necessidades de cada pesquisa.
Analise os resultados
Após a coleta dos dados, é o momento de interpretá-los. O uso de planilhas ou softwares pode facilitar a organização das informações e a identificação de padrões e tendências. Os objetivos da pesquisa devem ser relembrados durante a análise como forma de assegurar que as conclusões sejam relevantes e aplicáveis.
Com os resultados em mãos, o Sebrae conclui que as empresas conseguem tomar decisões mais embasadas, o que pode incluir o lançamento de novos produtos ou até mesmo o reposicionamento da marca no mercado.