O índice de adoção pelas empresas brasileiras de serviços privados de computação em nuvem – cloud computing – é maior do que a média mundial. Uma pesquisa recente encomendada à Kelton Research pela Avanade, joint venture formada entre Microsoft e Accenture, revela a média de adoção no país é de 59% contra 43% no restante do mundo. O levantamento constatou que das empresas que ainda não aderiram ao chamado cloud privado, 34% declaram que irão começar a fazê-lo nos próximos 12 meses.
Em termos de adoção geral da computação em nuvem, a pesquisa descobriu que 74% das empresas estão usando alguma forma de serviço em nuvem atualmente – um crescimento de 23% na adoção desde a pesquisa realizada em setembro de 2009. O estudo também demonstra que as implantações de nuvens privadas estão crescendo – especialmente onde as operações internas críticas e diferenciadoras, bem como serviços aos clientes, são necessárias.
Cerca de 72% das empresas consideram o cloud computing como solução de sua estratégia de TI. Um total de 59% já usa esse modelo atualmente. Dos participantes do país, 88% acreditam que serviços privados sejam mais seguros que os serviços públicos – apenas 3% acredita que não e 9% não sabe a diferença. A maioria tem como foco aplicações de segurança (64% dos entrevistados), redes (45%), software (55%), armazenamento (45%), data center (55%) e virtualização (9%). Aproximadamente, 36% dos entrevistados irá investir na contratação de profissionais de TI.
A principal barreira que impede as empresas de adotar o sistema de computação na nuvem, apontada pelos participantes da pesquisa, é a segurança. Cerca de 88% das empresas entrevistadas acreditam que serviços privados são mais seguros do que os serviços públicos. Além disso, 54% das empresas bloqueia o uso de aplicações na nuvem por seus funcionários, principalmente webmail e streaming de vídeos. De acordo com o diretor de tecnologia da Avanade, Hamilton Berteli, uma em cada três empresas brasileiras que adota cloud computing volta atrás para usar aplicações “tradicionais”.
Mesmo assim, 81% das empresas brasileiras disseram que irão investir em serviços na “nuvem”, aumentando o orçamento para a área em 2012. Neste quesito, o país se manteve à frente da média mundial, que teve 55% dos entrevistados.
Entre o uso desses serviços pelas companhias brasileiras, 69% usa aplicativos de e-mail como Outlook, Web Access e Lotus iNotes, 41% utiliza portais ou sites de colaboração, como o SharePoint e o LaunchPad, e 50% usa serviços de apresentação e processadores de texto como Google Docs e Office 365.
Para a pesquisa, foram entrevistadas 573 altos executivos de companhias de grande porte entre março e abril de 2011 em 18 países da América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia-Pacífico. No Brasil, único país latino-americano a participar da pesquisa, 40 empresas foram entrevistadas.