Não sou o Professor Pasquale, mas procuro escrever certinho, ler direitinho, etc… como participo de muitos grupos de discussão e redes sociais acabo as vezes sendo taxado de “chato” por reclamar de coisas mal escritas ou de gente que tem preguiça de ler, ambos sintomas do Analfabetismo Funcional.
Sou mais exigente com os mais jovens, não por implicância, mas porque sei que se eles não corrigirem esses “deslizes” agora, terão problemas no futuro, inclusive (e principalmente) profissionais, afinal, quem quer ver a imagem da sua empresa destruida por causa de um e-mail mal escrito ou algo do tipo, imagine ligar para a Microsoft e alguém te dizer “se quiser, a gente resolvemo o pobrema, mano!” ou um advogado que lhe diz: – Não se preocupe, sua causa tá em boas mão.
Deslizes, mais deslizes… agora pense que você é o diretor de um jornal, teoricamente, jornalistas tem OBRIGAÇÃO de ter boa redação e deveriam saber o que estão escrevendo, certo? Bom, leia o post abaixo, retirado do Twitter de uma jornalista:
Busco alguém q tenha doado órgãos (parte do rim, etc), em #SP (Capital, ABC, Grande SP) para o Jornal XXXXXXXXXX . (11) XXXX-XXXX
Óbviamente suprimi os dados que permitiam identificar o jornal e o jornalista, talvez, na correria você nem tenha percebido o erro, ele é um pouco sutil, mas é algo que qualquer pessoa que tenha assistido uns 20 Globo Repórter e umas 20 edições do Fantástico sabe que é impossível.
Não achou ainda?
Pois bem: (parte do rim, etc) – o rim não pode ser parcialmente doado, o fígado sim, porque que se regenera… o rim, se cortado (retirado um pedaço) morre.
Sim, tá bom, ele não é médico… mas precisa ser médico para saber isso? Precisa? Um jornalista não deveria ter um mínimo de informação para fazer uma matéria? Meu Deus, se pesquisar no Google até uma criança de 7 anos encontra essa informação!
Esse tipo de erro (e muitos outros, alguns até mais grotescos) se repetem aos milhares, além disso o povo parece que quer tudo em 140 caracteres, mais que isso eles não leem.. se lê não entende.
Então pergunto: Pra onde estamos indo? Qual a imagem que estes profissionais (ou futuros profissionais) irão passar de suas empresas?
Não tem nada a ver com a tal geração X,Z,Y ou G… é PREGUIÇA mesmo.
Preguiça de pensar, de ler, de tentar entender, de tudo.
Acompanhando a série da Globo sobre os conflitos de geração no ambiente profissional até dá para ter a ilusão de que é uma característica “normal” uma impaciência, etc… mas aqui mesmo no portal vi um artigo muito interessante sobre a Geração “A” (de Abobados), perfeito!
Eu só mudaria de abobados para “Abestados!”
Sei que o pessoal vai procurar erros no meu texto, se encontrarem, vou corrigir, eu já tinha errado, escrevi “deslise”, mas já corrigi… vamos ver o que mais eles acham…