Turismo responsável visa desenvolver iniciativas em sintonia com a agenda ESG

Turismo responsável visa desenvolver iniciativas em sintonia com a agenda ESG

O ecoturismo é uma grande alternativa para quem deseja não apenas usufruir, mas contribuir de maneira positiva para o meio ambiente e para a situação social e econômica. “O turismo sustentável é indicado para quem tem consciência que sua viagem gera uma série de impactos socioambientais e deseja que estes sejam positivos, contribuindo com a biodiversidade e a população da região visitada”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News (www.revistaecotour.news).

A busca por experiências mais autênticas, atividades ao ar livre e maior contato com a natureza estão entre as grandes tendências do turismo nos próximos anos.

As soluções de turismo responsável desenvolvidas nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil estão entre as 19 iniciativas de todo o país selecionadas pelo Camp Oceano, que destinará um total de R$ 3,7 milhões em apoio financeiro pelos próximos três anos. Além do turismo, também foram apoiadas soluções para reduzir a poluição no mar e mitigar os efeitos da crise climática em regiões costeiras.

“Na região Nordeste, das seis iniciativas de destaque, duas estão em Pernambuco. A Coalizão pelos Corais é um programa de turismo científico para integrar a comunidade local de Porto de Galinhas na resolução da degradação recifal e da demanda por novos passeios”, relata Vininha F. Carvalho.

O contato direto com a natureza e a beleza da biodiversidade são princípios do Parque Caminhos do Mar. Dentro deste roteiro o visitante consegue explorar os 8 km da Estrada Velha de Santos, interditada para tráfego de veículos desde 1985, os 3,5 km da Calçada do Lorena, que cruza a estrada Caminho do Mar em dois pontos diferentes, e os 9 km de Trilha da Cachoeira da Torre, com aproximadamente 680 a 785 metros de altitude sobre nível do mar. Formado pelos conjuntos de Estradas de ligação entre a Baixada Santista e o Planalto. O grupo de estradas é formado por Caminho de Peabiru (Pré Cabralino), Trilha dos Tupiniquins (Século XVI), Calçada do Lorena (1790/1792), Estrada da Maioridade (1841), Estrada de Ferro Santos – Jundiaí (1867), Rodovia Anchieta (N – 1947/ S – 1953), Rodovia dos Imigrantes (N – 1974/ S-2002) e Trilha da Cachoeira da Torre.

A Calçada do Lorena foi o primeiro caminho pavimentado com rochas ligando o planalto ao litoral, e o transporte de mercadorias era feito por mulas, em um traçado em zigue-zague, planejado para que as águas pluviais escoassem e não erodissem o pavimento da calçada. Sua maior dificuldade era devido ao trajeto escorregadio e íngreme, já que as pedras da calçada eram retiradas de rios e cachoeiras e trabalhadas de forma rústica. Com suprimento constante de produtos de exportação, o comércio do porto de Santos (SP) progrediu.

O setor de turismo é uma das áreas que mais movimenta a economia todos os anos no Brasil e no mundo, gerando milhões de empregos, integração entre culturas, troca de experiências e muitos outros benefícios. Entre os inúmeros ganhos gerados pelo ESG, vale lembrar que essa agenda se torna cada vez mais fundamental no turismo, pois se refere a um conjunto de iniciativas voltadas a contribuir para uma maior sustentabilidade da economia global.

“O perfil do viajante está mudando aos poucos. As boas práticas neste segmento apresentarão resultados capazes de fazer a diferença nas comunidades em que estão presentes e, em toda a cadeia que movimenta esta importante atividade, através da implantação de estratégias voltadas para a agenda ESG”, conclui Vininha F. Carvalho.