Multinacional de energia solar fotovoltaica anuncia armazém no Brasil

Multinacional de energia solar fotovoltaica anuncia armazém no Brasil

A logística global tem sofrido, desde o início de 2020, com os impactos da pandemia de Covid-19, que provocaram escassez de contêineres, atrasos nas escalas dos navios, congestionamentos nos portos e aumento do preço dos fretes marítimos chineses. É o que afirma Wellington Araújo, diretor-geral da Sunova no Brasil, multinacional fabricante de módulos fotovoltaicos.

Neste cenário, a Sunova anunciou que irá abrir um armazém próprio no Brasil para garantir o abastecimento. Como parte de sua estratégia e estrutura de atendimento, a empresa deverá contar, ainda em 2022 com o armazém na cidade de Itajaí (SC), onde já se encontra o escritório da empresa no país.

“Como a situação da pandemia na China ainda é grave, o governo chinês voltou a determinar lockdown em algumas regiões. Com isso, a cadeia de suprimentos está muito apertada e é difícil entregar mercadorias. Assim, vamos abrir um armazém próprio em solo brasileiro para garantir o abastecimento”, explica.

Araújo sublinha que, devido à atual política de prevenção de epidemias rigorosa da China, especialmente o atual bloqueio da cidade em Xangai, muitas mercadorias estão acumuladas nos portos da cidade, e muitas mercadorias não podem ser enviadas para o Brasil a tempo. Assim, o armazém no país faz muito sentido para atender clientes locais.

“Ao mesmo tempo, devido ao estabelecimento de um armazém local, os problemas pós-venda podem ser resolvidos rapidamente. Se nossos módulos tiverem problemas de qualidade, podemos rapidamente extrair módulos do armazém para substituí-los e evitar perdas em grande escala para os clientes”, esclarece.

Neste ponto, o diretor-geral da Sunova no Brasil considera que a empresa poderá avançar além da situação anterior, quando a situação na China estava normalizada. “Todas estas ações locais visam dar um melhor serviço ao cliente, quer seja uma resposta rápida ao mercado ou para melhor resolver os problemas de qualidade que possam surgir”.

Empresário prevê futuro fotovoltaico no Brasil

Para além do desempenho da empresa, Araújo vê com otimismo o futuro do mercado de produtos fotovoltaicos no Brasil. “Em 2021, o país atingiu um novo patamar de energia solar, superando 10 GW de potência operacional, com base em dados da ANEEL [Agência Nacional de Energia Elétrica]”.

Para William Sheng, CEO da Sunova Solar, o recorde de energia é o reflexo do aumento da demanda do país por energia renovável. Outro ponto trazido pelo executivo é o fator climático e geográfico do Brasil: “Grande parte do país está localizado nos trópicos, com muitas horas de sol e enorme potencial para geração de energia solar”.

Sheng afirma que a Sunova acredita que o Brasil, como um dos países em desenvolvimento mais rápido do mundo, tem uma grande oportunidade para o desenvolvimento da indústria fotovoltaica.

“O Brasil foi o 4º país que mais acrescentou capacidade solar fotovoltaica em 2021 no mundo, com novos 5,7 GW no último ano, segundo apuração da Absolar [Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica] com base em dados atualizados pela Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica] e a recente publicação da Irena [Agência Internacional de Energias Renováveis]”, cita.

Atualmente, a fonte solar já está em 15 GW no Brasil, com mais de R$ 78,5 bilhões de investimentos acumulados e mais de 450 mil empregos criados desde 2012, reporta o empresário. Com isso, o país também evitou a emissão de 20,8 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.

O CEO da Sunova Solar ressalta que a expectativa é de que 2022 seja o melhor ano para o mercado de energia solar fotovoltaica do Brasil. “Este ano terá alguns pontos-chaves que tornarão esse período como um divisor de águas para o setor. Entre eles, está a aprovação do Projeto de Lei 5829/19, com a publicação da lei 14.300”.

O PL citado por Sheng foi aprovado em dezembro de 2021 na Câmara dos Deputados e no Senado e institui o marco legal da geração distribuída no país. O texto foi convertido em lei no dia 6 de janeiro de 2022 e pode impulsionar o crescimento do mercado de energia solar.

Para mais informações, basta acessar: https://www.sunova-solar.com/po/