Consórcio atrai investidor em meio à instabilidade econômica

Consórcio atrai investidor em meio à instabilidade econômica

Em um momento em que a economia brasileira enfrenta uma fase de instabilidade, com a taxa Selic elevada em 14,25% ao ano, inflação persistente e um cenário político e fiscal incerto, investidores têm buscado alternativas mais seguras e previsíveis para proteger seu patrimônio.

O aumento dos juros encarece o crédito tradicional, como financiamentos imobiliários, e pressiona o consumo, o que afeta diretamente o desempenho de investimentos de maior risco. Com o mercado financeiro oscilando diante de incertezas internas e externas, em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, o consórcio imobiliário é uma alternativa para quem quer investir na construção patrimonial.

No primeiro bimestre do ano, de acordo com dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (ABAC), as vendas de cotas avançaram 25,9%, enquanto os créditos contratados cresceram 39,9%. O número de participantes ativos quebrou mais um recorde e atingiu 11,41 milhões, em fevereiro. A adesão do segmento de imóveis aumentou 47,3%, totalizando 186,35 mil participantes.

Diferente de aplicações financeiras mais expostas à volatilidade, como ações, fundos multimercado e ativos de renda fixa afetados pela inflação, o consórcio imobiliário oferece previsibilidade. As parcelas não têm juros e são reajustadas por índices transparentes, no caso de imóveis pelo INCC, o que garante maior estabilidade. Enquanto financiamentos imobiliários apresentam juros médios entre 9% e 12% ao ano, o consórcio é menos suscetível ao aumento das taxas de crédito.

Imóveis são ativos de baixa volatilidade que historicamente apresentam valorização no longo prazo. Um estudo realizado pela FGV IBRE e a plataforma de aluguel e compra/venda de imóveis QuintoAndar, divulgado em março, apontou que a rentabilidade do investimento em imóveis superou o nível observado no período pré-pandemia. O retorno financeiro médio com imóveis nas capitais de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais chegou a 19,1%.

“Isso reforça o consórcio imobiliário como uma alternativa viável para aquisição de bens duráveis, especialmente em cenários adversos, já que combina estabilidade patrimonial com potencial de valorização no longo prazo”, afirma Jefferson Floriano, especialista em gestão patrimonial e CEO da Via Direta Consultoria.

A regulação e fiscalização pelo Banco Central asseguram um nível adicional de proteção ao investidor, com segurança jurídica, previsibilidade e regras contratuais claras.

Rentabilidade, geração de renda passiva e proteção patrimonial

Ao ser contemplado, o consorciado pode utilizar a carta de crédito para adquirir um imóvel com fins de locação. Imóveis bem localizados, residenciais ou comerciais, apresentam retorno médio mensal entre 0,6% e 0,8% sobre o valor investido. “Uma carta de crédito no valor de R$ 300 mil pode ser utilizada para adquirir um imóvel que, ao ser alugado por R$ 2.000 mensais, gera uma renda passiva de R$ 24 mil por ano. Esse montante pode ser reinvestido, destinado à quitação de parcelas ou utilizado para complementar o orçamento familiar”, explica Floriano.

Apesar de ser uma modalidade voltada ao médio e longo prazo, o consórcio permite estratégias de liquidez, entre elas: a venda da carta contemplada no mercado secundário com ágio; utilização do imóvel adquirido como garantia para crédito com taxas reduzidas e a compra de imóvel com potencial de valorização visando revenda.

“Hoje, o consórcio é uma das formas mais seguras de transformar parcelas em patrimônio. Em vez de expor seu capital a riscos excessivos, o investidor pode construir um ativo real, com potencial de valorização e geração de renda passiva”, completa o executivo.

Para saber mais, basta acessar: viadiretaconsultoria.com.br