Estudo aponta dados sobre impacto do calor em crianças

Estudo aponta dados sobre impacto do calor em crianças

De acordo com um estudo divulgado pelo Centro de Desenvolvimento Infantil da Universidade de Harvard, o calor extremo pode representar riscos significativos para bebês e crianças pequenas. Conforme indicado pelo levantamento, o calor intenso pode afetar a capacidade de aprendizado das crianças. O estudo informou que pesquisas realizadas em países como Estados Unidos, Suécia e Inglaterra apontam que temperaturas superiores a 30°C nas salas de aula podem reduzir o desempenho escolar em até 20%. Além disso, o relatório afirma que em Nova York, as perdas de aprendizado aumentaram em até 50% em dias letivos com temperaturas acima de 38°C.

O estudo aponta ainda que a qualidade do sono também é afetada pelas altas temperaturas. Durante a onda de calor de 2022 no Reino Unido, foi observado que bebês demoravam mais para adormecer e apresentavam um sono menos eficiente e mais fragmentado quando as temperaturas atingiam entre 35°C e 39°C, conforme consta na publicação. Embora os padrões de sono tenham retornado ao normal após a onda de calor, a falta de um sono adequado pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças, segundo o estudo.

Dados apresentados na pesquisa indicam que períodos de calor intenso estão associados a um aumento na incidência de natimortos, além de um maior número de bebês prematuros e com baixo peso ao nascer. O relatório aponta que essas condições estão relacionadas a riscos aumentados de problemas de saúde ao longo da vida, incluindo dificuldades cognitivas, crescimento reduzido e doenças crônicas como diabetes e doenças cardiovasculares.

Andreia, diretora da loja virtual de roupa infantil Kidstok, afirmou que o estudo destaca de forma contundente os impactos do calor extremo no desenvolvimento infantil, reforçando a necessidade de adaptações em diversos setores, incluindo a indústria de roupas infantis. Andreia continuou dizendo que com as temperaturas globais em ascensão, o futuro do vestuário infantil deve priorizar inovação em tecidos tecnológicos que ofereçam maior respirabilidade, controle térmico e proteção UV. “Materiais como algodão orgânico de trama leve, fibras de bambu e tecidos inteligentes com propriedades refrescantes podem se tornar essenciais para minimizar os efeitos do calor intenso sobre os pequenos”.

O estudo também destaca que as crianças pequenas são particularmente vulneráveis ao calor extremo, uma vez que seus corpos regulam a temperatura de forma diferente dos adultos. Conforme descrito na pesquisa, bebês e crianças suam menos, o que reduz a eficácia do mecanismo de resfriamento corporal. Isso pode resultar em complicações graves, como desidratação, insuficiência renal, convulsões e, em casos extremos, coma ou óbito, de acordo com a publicação.

Outro ponto destacado no estudo é que os efeitos do calor são agravados por fatores socioeconômicos. Crianças de famílias com menor renda, que vivem em regiões com infraestrutura inadequada e acesso limitado a resfriamento, estão mais expostas aos impactos negativos das temperaturas elevadas. O relatório informa ainda que o calor extremo também pode intensificar desigualdades preexistentes, afetando a qualidade de vida e o desenvolvimento infantil.

Perguntada sobre o assunto, Andreia disse que a moda infantil precisará ficar atenta pois no Brasil é comum que na maior parte do ano o calor esteja num nível alto e cuidar do design e do material de roupa infantil masculina e roupa infantil feminina é importante para ajudar na temperatura do corpo das crianças. Andreia falou também que o design pode evoluir para incluir modelagens mais ventiladas, com cortes estratégicos que favorecem a circulação de ar. “Essa visão de futuro aponta para uma indústria mais voltada ao bem-estar e à segurança térmica das crianças em um cenário climático desafiador”.