Desde 2013, quando a Síndrome de Asperger foi incluída no Transtorno do Espectro Autista (TEA), os desafios enfrentados por pessoas com autismo de nível 1 ganharam maior visibilidade. Embora esses indivíduos geralmente apresentem inteligência na média ou acima dela e habilidades linguísticas funcionais, o suporte adequado continua sendo indispensável ao longo da vida.
Pessoas com autismo de nível 1 enfrentam dificuldades que podem não ser percebidas à primeira vista, como desafios na interação social e na adaptação a contextos profissionais. No ambiente universitário, por exemplo, há casos de professores que, apesar de possuírem alta qualificação acadêmica, enfrentam dificuldades para compreender as regras institucionais e os comportamentos de seus pares. Essa falta de suporte adequado pode resultar em afastamentos frequentes por questões emocionais.
Na vida adulta, o suporte emocional e profissional se torna ainda mais crucial. Crises emocionais podem ser mal interpretadas, levando à exclusão em ambientes sociais e no trabalho. “O autoconhecimento é um aliado para que pessoas com autismo possam lidar melhor com suas limitações e alcançar maior autonomia”, explica Selma Sueli Silva.
Além disso, os desafios enfrentados pela família, especialmente pelos pais ou cuidadores, também demandam atenção. Mães e pais de pessoas com autismo leve relatam que precisam constantemente ajustar suas abordagens, pois cada fase da vida traz novos desafios. Para muitos, a dificuldade reside em equilibrar o apoio emocional e a busca por independência.
A sociedade e as instituições ainda têm muito a avançar para oferecer suporte eficaz. Inclusão no mercado de trabalho e acesso a terapias adequadas são passos essenciais para assegurar uma vida mais plena para indivíduos no espectro. Estratégias de acolhimento e a valorização das diferenças são fundamentais para criar um ambiente mais inclusivo e respeitoso.
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