Se não disse, deveria pensar se não deveria ter dito.
Como assim?
Temos vivido uma sociedade do sim. Queremos tudo, podemos tudo, tudo que é contra a nossa forma de pensar está errado. Estamos vivendo apenas pelo assertivo, esquecendo de ensinar e de aprender que perder também é importante.
Aliás, a perda é a única coisa certa nesta vida. Ganhamos e vida e temos como única certeza que depois de algum tempo iremos perdê-la. E para você estar vivo hoje, inúmeros outros seres humanos perderam a oportunidade de fecundar aquele óvulo.
E na vida profissional esta reaildade é muita clara.
Temos literalmente profissionais bipolares: Dizem sim para tudo que lhes é importante (conforme o seu julgamento) e dizem não a tudo aquilo que não lhes é importante, de novo na sua ótica de ver.
Por aprenderem a ter sim em quase tudo na sua vida, o que lhes importa é promoção, é dinheiro, é pouco tempo de dedicação e muito retorno, uma vez que sua expectativa é que eles sempre serão melhores que seus pais, que superarão seus criadores facilmente.
A vida mostra a outra faceta: Que o não é mais presente do que seus pais e amigos lhe disseram em toda a sua vida.
E que fazer birra, pirraça, querer bater, esmurrar ou fugir quando se perde só vale em âmbito familiar e olhe lá…
O crescimento de um não é essencial na vida do ser humano. Muito além de limites (que são necessários cada vez mais), o não do ambiente profissional pode ser – e deve ser – um trampolim para o sucesso.
E como isso acontece?
Quando o ser humano recebe o não e percebe que ao invés deste não representar um prejuízo da sua pessoa, o não é sobre algo que foi feito ou sobre algo que deveria ter sido feito. Em bom português: Não sobre a sua pessoa, mas sim sobre a sua forma de trabalhar.
Obviamente há não que não ajuda. Há “nãos”que são uma reflexão da suposta superioridade de outras pessoas, em detrimento de boas ideias.
Entretanto, como tudo na vida, temos que analisar os fatos e tirar as conclusões melhores de cada não recebido.
Aliás, como afirma José Saramago, não há não que não possa ser um sim:
A Fatalidade do Não
A palavra de que eu gosto mais é não. Chega sempre um momento na nossa vida em que é necessário dizer não. O não é a única coisa efectivamente transformadora, que nega o status quo. Aquilo que é tende sempre a instalar-se, a beneficiar injustamente de um estatuto de autoridade. É o momento em que é necessário dizer não. A fatalidade do não – ou a nossa própria fatalidade – é que não há nenhum não que não se converta em sim. Ele é absorvido e temos que viver mais um tempo com o sim.
José Saramago, in ‘Folha de S. Paulo (1991)’
E então, você já disse não hoje?
E já recebeu um não hoje?
E qual foi a sua reação? Qual foi o seu porquê de ter dito não?
O não pode ser um estímulo ao seu crescimento!
#PenseNisto
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Artigo escrito por Gustavo Rocha
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