O futuro de qualquer organização passa pela sua capacidade de se adaptar a um futuro digital, especialmente porque a pandemia continua aumentando a demanda por operações digitais. Estudo do IDC (International Data Corporation) aponta que 65% do PIB mundial será digitalizado até o final de 2022. O mercado de transformação digital está estimado em centenas de bilhões de dólares até 2025 e as organizações não podem se dar ao luxo de renunciar ou postergar essa adaptação, se quiserem permanecer relevantes.
Para se preparar para isso, João Moressi Jr., fundador e CEO da Opah IT, empresa especializada no desenvolvimento de soluções customizadas de TI, destaca três desafios enfrentados por quem busca se tornar uma empresa digital-first e como superá-los.
1. Propriedade de dados
Embora fornecedores legados possam atender aos requisitos do negócio em muitas áreas, eles também podem criar barreiras no acesso e controle de dados valiosos que a organização deve usar com suas próprias ferramentas de operação e inteligência. É essencial entender as limitações de quaisquer soluções que você esteja considerando ou sistemas legados com os quais esteja trabalhando.
“Priorize a qualidade dos dados e a propriedade dos dados ao selecionar ferramentas digitais e garanta que suas parcerias não impeçam sua capacidade de manter esse acesso e controle. Esse é um aspecto fundamental para a capacidade de tomar decisões baseadas em dados e a liberdade de escolher aplicativos mais adequados – componentes críticos não apenas para uma transformação digital bem-sucedida, mas para qualquer iniciativa que sua empresa busque para atender às demandas dos clientes e às metas de operação interna”, destaca Moressi.
2. Colaboração em toda a empresa
A comunicação em uma empresa acontece em diferentes canais, envolve pessoas diferentes e ocorre em momentos diferentes. Embora seja importante ter acesso a dados de comunicação em toda a organização, aproveitar esses conjuntos de dados expansivos pode informar a inovação das operações digitais no negócio.
Para conseguir isso, estabeleça sistemas no início de sua transformação digital que permitam rastrear, classificar e alimentar essas informações em ferramentas de inteligência artificial. “Isso permitirá a transformação de conjuntos de dados ricos em insights que informam as iniciativas de transformação digital e ajudam no ajuste das estratégias quando necessário. A capacidade de entender e usar essas interações de comunicação é fundamental para uma jornada de transformação digital bem-sucedida”, orienta o CEO.
3. Conformidade regulatória
Muitos setores, como saúde e serviços financeiros, operam dentro de uma rede complexa de regulamentações em constante mudança. Esses regulamentos, embora robustos, são críticos para dados confidenciais, como informações de pacientes na área de saúde, execução adequada de protocolos na aplicação da lei e outros dados essenciais que devem ser gerenciados e usados com responsabilidade. A forma como os dados internos e de clientes são coletados, armazenados, gerenciados e usados deve ser priorizada, especialmente quando uma empresa faz a transição de sistemas legados para sistemas digitais.
“Estabelecer um sistema digital que suporte a conformidade é um desafio, mas uma vez estabelecido, todas as interações dentro da organização se tornam dados, que podem ser monitorados e interpretados se você tiver as ferramentas adequadas, o que inclusive permite a detecção de riscos em todas as áreas da organização. Isso garante que a transformação digital de uma empresa esteja enraizada em estratégias de conformidade em primeiro lugar, além de deixá-la preparada de forma mais consistente para o sucesso no futuro orientado por dados”, finaliza Moressi.