Conheça os 4 tipos mais populares. Entender as peculiaridades de cada um é o primeiro passo para quem está pensando em investir na área.
O setor imobiliário é um dos mais populares do mercado financeiro e oferece várias vantagens aos investidores, como boas probabilidades de rentabilidade e diversidade nos tipos de ativos. No entanto, antes de fazer um investimento imobiliário, é importante entender como esse ramo funciona.
Explicando de maneira simples, um fundo imobiliário (FII) é uma possibilidade de investir em imóveis sem ter que comprá-los. Funciona como um condomínio, em que várias pessoas colocam dinheiro e um “síndico” — o gestor — define as prioridades e encontra os imóveis que possam render bons lucros, especialmente no médio e longo prazo.
O lucro desses imóveis pode vir da locação ou da valorização deles. Os ganhos são divididos proporcionalmente ao número de cotas de cada um dos membros do grupo que colocou dinheiro naqueles ativos. Tanto as decisões quanto essa divisão dos lucros seguem políticas estabelecidas no início do acordo.
Esse tipo de investimento costuma ter boa liquidez no mercado, o que quer dizer que provavelmente não vai ser difícil vender esses ativos, caso haja necessidade. Outra vantagem é que os FIIs permitem um investimento inicial não tão alto, já que você pode comprar poucas cotas se não quiser investir muito.
As negociações desses fundos são feitas na Bolsa de Valores, mas dependem do tipo de ativo que você escolheu para investir. A variedade é grande, mas, a seguir, você vai conhecer um pouco mais sobre os principais.
Fundos de tijolos
Como o nome sugere, os Fundos de Tijolos são aqueles em que o investimento é feito em imóveis efetivamente construídos. Em geral, essas propriedades são adquiridas para lucro com locação e tendo em vista que podem valorizar com o passar dos anos, almejando também um lucro com suas vendas.
As carteiras deste fundo podem ser bem variadas, incluindo imóveis comerciais e residenciais presentes em várias regiões. Essa diversificação garante que a carteira toda corra menos riscos, embora esteja sujeita a mais variáveis.
Fundos de papel
Conhecidos também como Fundos de Recebíveis Imobiliários, esse tipo investe em títulos ligados ao setor, como Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras Hipotecárias (LHs) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). Aqui, o lucro é obtido por meio de juros e não da valorização do imóvel.
Esse tipo de fundo tem características de renda fixa e costuma ser uma boa opção para investidores com perfil mais conservador ou moderado, pois não apresentam tantos riscos. Mesmo assim, é sempre uma boa ideia diversificar os investimentos nesse tipo de fundo.
Fundos de desenvolvimento
Esse tipo de fundo imobiliário investe na construção de empreendimentos, seja colocando dinheiro em sua fase de construção ou mesmo adquirindo terrenos e tocando a obra, em parceria ou com atuação semelhante a uma empresa de construção civil.
Esse tipo de fundo mira nos lucros de médio ou longo prazo, com a venda ou aluguel dos imóveis. Os potenciais de ganho costumam ser atrativos, mas também estamos falando de investimentos mais arriscados, pois obra é quase sinônimo de imprevisto.
Fundos de fundos
Os fundos de fundos são aqueles que investem em cotas de outros fundos imobiliários. De certa forma, se parecem com os fundos de papel, mas costumam ser feitos de maneira mais diversificada. O objetivo principal pode ser tanto gerar renda quanto lucrar mais no futuro, depende de cada carteira.
Esse tipo é ideal para quem ainda não entende muito do mercado, pois, geralmente, conta com uma equipe de gestão profissional, formada por especialistas, que analisam os prós e contras de cada oportunidade em nome do grupo. Em geral, também é possível investir mesmo sem ter um aporte alto para iniciar.