Tempos pandêmicos e a inteligência emocional

Tempos pandêmicos e a inteligência emocional

“Para o bem ou para o mal, quando são as emoções que dominam, o intelecto não pode nos conduzir a lugar nenhum”. Daniel Goleman.

São muitas as situações que nos geram emoções durante o nosso dia a dia. O stress, a fadiga e o pânico, algumas dessas emoções, podem ser tão contagiosos quanto o novo Corona vírus. As emoções estão ali para serem vividas, compreendidas e expressadas. E na medida em que vivenciamos esses sentimentos, estamos experimentando a nossa inteligência emocional.

A pandemia nos surpreendeu, quando parecia que tínhamos controle sobre tudo, fomos obrigados a ficar confinado, sem contatos familiares, sem abraços, sem conversas no final do expediente com os amigos, isso fez com que nossas emoções fossem afloradas e esses sentimentos desencadearam diversas situações em nossas relações de trabalho.

Sabemos que falar de saúde mental no ambiente de trabalho ainda é um tabu, mas a pandemia nos fez rever toda a nossa forma de viver e trabalhar o que nos obriga a debater o tema e entender como a inteligência emocional pode ser uma aliada para lidarmos com os problemas dos nossos colaboradores.

Porém, antes de abordar a importância do tema para o ambiente de trabalho, é importante entender o significado do termo “Inteligência emocional”. O termo foi cunhado por Daniel Goleman que é psicólogo e, por 12 anos, foi jornalista da seção de Ciências do Comportamento e do cérebro do New York Times. Em 1995, ele lançou o livro “Inteligência Emocional” que virou best-seller e levou o tema para centro das discussões. De acordo com Goleman Inteligência emocional consiste na capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e gerirmos os impulsos dentro de nós.

Com os avanços científicos e diversos estudos realizados, novas abordagens foram feitas e a inteligência emocional passou a ser vista como responsável por resultados positivos, ou seja, quando conseguimos direcionar melhor nossas energias, medos, raivas, alegrias e tristezas temos uma chance maior de atingir os resultados esperados.

As empresas são constituídas de pessoas, por isso nesse momento de crise em que vivemos é importante incentivar a inteligência emocional e isso só é possível a partir do momento em que nos colocamos no lugar do nosso colaborador, entendendo suas individualidades e tomando cuidando com a pressão excessiva. É importante prestarmos atenção também na forma em que as situações podem ser resolvidas, não podemos, neste momento, querer que todas as medidas sejam tomadas em massa.

Porém, você também precisa trabalhar a sua inteligência emocional para lidar com os seus colaboradores ou os desafios que você tem enfrentado e se nesse processo você ficar desconfortável, não se preocupe porque o maior aprendizado acontece no desconforto. Para saber do que você é realmente capaz, você precisa testar sua capacidade de resistência. O sucesso ocorrerá quando você tiver a oportunidade de expandir e encontrar soluções e essa é uma habilidade que pode ser desenvolvida ao longo de nossa existência.

*Fábio Lima é consultor empresarial,  executivo de finanças,  master coach e CEO da LCC – Light Consulting & Coaching