O avanço da tecnologia, inclusive na área da saúde, possibilitou o crescimento da telemedicina, que se tornou uma realidade frequente para profissionais da saúde e pacientes. As consultas médicas são realizadas com a ajuda de ferramentas de videoconferência em plataformas na internet. Além de estabelecer comunicação entre médico e paciente, os dispositivos precisam oferecer segurança e proteção de dados aos usuários.
Os atendimentos virtuais da telemedicina devem obedecer às exigências do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Ministério da Saúde. Segundo a Resolução CFM 1.643/02, esses serviços devem oferecer infraestrutura tecnológica apropriada.
Para que esse suporte seja considerado apropriado, é preciso que os meios utilizados cumpram as normas técnicas do CFM referentes “à guarda, manuseio, transmissão de dados, confidencialidade, privacidade e garantia do sigilo profissional.”
As regras que regem as normas técnicas da telemedicina podem ser cumpridas com o auxilio das plataformas especializadas, que são sistemas aprovados pelo próprio CFM. Dessa forma, o mais indicado é que as consultas sejam feitas por meio desses serviços.
Plataformas de telemedicina
Com possibilidade de compartilhamento, transmissão e armazenamento de arquivos digitais em nuvem, a plataforma de telemedicina funciona como um sistema de registro eletrônico na área de saúde.
Os portais dedicados a essa finalidade oferecem diversos recursos aos profissionais e aos pacientes. Alguns exemplos são a emissão de laudos médicos com mais agilidade, o monitoramento de prontuários eletrônicos a distância e a entrega de resultados de exames de forma online.
Esse formato é fruto da evolução da comunicação em saúde aliada à tecnologia da informação, que teve início com ferramentas como o telégrafo, para o compartilhamento de dados médicos.
A partir dos anos 2000, com a popularização da internet no Brasil e no mundo, nasceram os portais de telemedicina, que funcionavam de maneira semelhante aos usados atualmente.
Alguns exemplos
Algumas ferramentas utilizadas para atendimentos em saúde são o Zoom Saúde, que oferece a possibilidade de realizar consultas de vídeo em HD, colaborar com outros profissionais, compartilhar resultados de exames e anotações, além de gravar e salvar as chamadas.
O Goto Meeting Saúde também é uma opção. Trata-se de um software profissional para reuniões online. Ele permite o agendamento prévio das videoconsultas em HD e o compartilhamento seguro da tela do computador, smartphone ou tablet.
A plataforma Doctoralia Especialistas é uma ferramenta nacional que também trabalha com a telemedicina. Com ela, é possível cuidar da gestão do consultório e integrar ações. Os agendamentos são feitos online, assim como as solicitações para que os pacientes preencham informações necessárias para o atendimento.
Menos especializadas, ferramentas de videoconferência como o Zoom e o Google Meet têm sido apontadas como opções secundárias, mas podem ser utilizadas desde que obedeçam às exigências do CFM, já que o Conselho não restringe seus usos.
Como funciona a teleconsulta
A consulta por videoconferência funciona de maneira simples e segue algumas etapas. Primeiramente, o paciente acessa a plataforma, confere a agenda do médico escolhido e marca a consulta.
Para oferecer segurança e privacidade ao atendimento, o sistema reserva uma sala virtual para o encontro. No dia e horário combinados, médico e paciente entram no link disponibilizado.
Softwares que ajudam a formulação do prontuário eletrônico mostram dados prévios para auxiliar o médico no telediagnóstico. Durante a conversa, é possível incluir informações adicionais, solicitar procedimentos complementares como exames, fazer a prescrição de medicamentos e emitir atestados, por exemplo.
Os documentos são assinados digitalmente e ficam salvos.