Equipamentos modernos são a solução para atender à demanda e enfrentar a concorrência externa
Investimentos em equipamentos modernos são apontados por economistas como uma das soluções para que a indústria nacional consiga atender a demanda do comércio e enfrentar a forte concorrência internacional. Em janeiro deste ano, o setor têxtil brasileiro exportou US$ 109,6 milhões, mas importou US$ 451,9 milhões, um déficit de US$ 342,3 milhões, o maior de sua história, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).
O esforço de empresários e governo para modificar essa situação passa necessariamente pela pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias e as empresas nacionais estão investindo pesado para levar o que há de melhor para a cadeia têxtil nacional. Um exemplo vem da Automatisa Sistemas, que investe cerca de 40% do seu lucro em inovações que aumentam a competitividade de empresas que trabalham com corte e gravação a laser.
Líder na América Latina nesse segmento, os projetos inovadores desenvolvidos pela Automatisa geraram três patentes nacionais e chegam a aumentar em mais de 200% a velocidade de trabalho na produção de peças. “O laser certamente já ocupa um lugar de destaque nesse mercado, uma vez que a tecnologia contribui para a redução de custos com menos desperdício de material e maior agilidade na produção, além de permitir a execução de infinitos efeitos visuais, tornando as peças mais atraentes aos consumidores”, comenta Joana de Jesus, diretora de Marketing da Automatisa, que ressalta que os equipamentos a laser desenvolvidos no país possuem mais durabilidade, além de uma assistência técnica diferenciada.
Com soluções como o laser, bem como investimentos em infraestrutura e qualificação de mão de obra, os empresários esperam barrar o avanço das mercadorias importadas, principalmente as da China, que chegam a custar 40% menos do que as brasileiras. Segundo um levantamento feito pela Abit, 80% das fantasias vendidas no carnaval brasileiro deste ano foram trazidas da China. Há 15 anos, praticamente 100% das fantasias eram nacionais. “Sem dúvida o enfrentamento da concorrência passa pelo investimento em maquinário moderno, que possa significar menos custo, menos rejeitos, mais produção e melhor qualidade do produto final. É nisso que pensamos quando desenvolvemos nossos equipamentos a laser”, afirma Joana.
Tecnologias
Para apresentar o que há de novidade nesse mercado, o empresariado brasileiro conhecerá de perto o que o país está desenvolvendo nessa área na Feira de Tecnologias para a Indústria Têxtil (Tecnotêxtil Brasil 2011), que acontece de 12 a 15 de abril, no Expo Center Norte, em São Paulo (SP). A edição deste ano vai reunir, mais uma vez, as melhores empresas do Brasil e do mundo de 22 segmentos diferentes da cadeia produtiva têxtil, as quais irão expor as últimas novidades em máquinas de corte e costura, bordadeiras, teares, matérias-primas, estamparia, automação industrial, acabamento, aviamentos, fios e etiquetas, entre outras.
A Automatisa estará presente na feira com a Mira Conecti, um sistema de comunicação entre bordadeiras e máquina de corte e gravação a laser. A máquina a laser com o sistema Conecti fornece maior economia, flexibilidade e alta produtividade. Esse equipamento, compatível com um número ilimitado de cabeças de bordados e com todos os modelos de bordadeiras, permite carregar arquivos de corte e gravação simultaneamente e identificar e processar trabalhos distintos na mesma produção. Além disso, a Mira Conecti diminui o tempo de set-up e, consequentemente, reduz o custo no processo produtivo. “Esse equipamento possibilita a criação de peças diferenciadas, usufruindo de todos os benefícios que a tecnologia a laser proporciona para a cadeia têxtil”, destaca Joana.
Com pesquisa e desenvolvimento em soluções inovadoras, a Automatisa espera contribuir para o desenvolvimento do setor têxtil e de vestuário brasileiro que tem cerca de 10% de todo o emprego gerado na indústria de transformação e representa 5% do Produto Interno Bruto (PIB). Somando os segmentos têxtil, de vestuário e de calçados, a participação é de 7% na geração do PIB da indústria de transformação e representa 17% dos empregos gerados.