O filme Alice no país das maravilhas nos traz brilhantes interpretações de vida e de reflexão no âmbito empresarial e profissional. O texto foi escrito por Lewis Carroll e cada frase tem um universo próprio e belo.
Vejamos alguns exemplos:
Alice: Quanto tempo dura o eterno?
Coelho: As vezes apenas um segundo.
Em um segundo perdemos a vida. Em um segundo a vida se fecunda e nasce. Um segundo. Desprezado todos os dias com momentos fúteis, bobos, com brigas desnecessárias. Um segundo. Um após o outro. Isto faz os minutos, as horas, os dias, os meses e os anos. Um segundo. Pode ser eterno.
O Gato apenas sorriu quando viu Alice.
Parecia de boa índole, ela pensou, mas não deixava de ter garras muito longas e um número respeitável de dentes, por isso ela sentiu que devia ser tratado com respeito.
– “Gatinho de Cheshire”…
começou um pouco tímida, pois não sabia se ele gostaria do nome,
mas ele abriu mais o sorriso.
– “Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para sair daqui?”
– “Isso depende bastante de onde você quer chegar”, disse o Gato.
– “O lugar não me importa muito…”, disse Alice.
– “Então não importa que caminho você vai tomar”, disse o Gato.”
– … desde que eu chegue a algum lugar”, acrescentou Alice em forma de explicação.
– “Oh, você vai certamente chegar a algum lugar”, disse o Gato.. “se caminhar bastante”…
E na nossa vida, como esta realidade é comum, não é mesmo?
Todos querem soluções, resultados, maiores e melhores metas, objetivos. Contudo, saber qual o caminho para se chegar lá ninguém se preocupa.
Como chegar a um objetivo se o caminho é desconhecido? Como atingir metas sem planejar e executar antes?
É preciso correr muito para ficar no mesmo lugar. Se você quer chegar a outro lugar, corra duas vezes mais.
Como afirmava repetidamente o coelho: Estamos atrasados, sempre atrasados.
Queremos correr mais que os outros, mas sempre achamos que trabalhamos demais.
Queremos melhores resultados, mas sempre achamos que trabalhamos demais.
Queremos melhores salários, afinal, sempre achamos que trabalhamos demais.
E na loucura que o filme propõe, questiono: Trabalhamos demais, certo. Mas, trabalhamos adequadamente? Trabalhamos produtivamente?
Não é o tempo que faz a produtividade. Não é o tempo que faz diferenciais. Aliás, o tempo pode ser justamente o que faz você não ter diferenciais a ofertar.
Temos que correr duas vezes mais em inteligência, estratégia, visão. Em tempo, nem sempre é necessário, afinal o eterno pode estar num segundo.
Alice: Chapeleiro, você me acha louca?
Chapeleiro: Louca, louquinha ! Mas vou te contar um segredo: as melhores pessoas são.
E quem não o é, não é mesmo?
Pense num profissional que tem prazos exíguos e mesmo assim é feliz; Que fala o dia inteiro do mesmo assunto (jurídico), seja com outros advogados, seja com a família, seja com amigos; Que batalha pelo direito mesmo com sucumbências de vinte reais; Que aceita cliente pro bono mesmo sendo um escritório que mal tem dinheiro para pagar as contas do mês;
Enfim,
Para um administrador, gestor, monitor, um profissional louco de atar; Para o advogado, mais um dia na profissão que escolheu para amar.
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Artigo escrito por Gustavo Rocha
GustavoRocha.com – Consultoria em Gestão e Tecnologia Estratégicas
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