Fique por dentro do impacto que as transformações no setor elétrico vão trazer para o nosso país
Atualmente, o setor elétrico está passando por diversas mudanças impulsionadas pela necessidade de modernização e adaptação aos novos padrões de consumo e sustentabilidade. As transformações do setor elétrico já estão em andamento por meio de projetos de lei tramitando no governo.
Essa reforma promete revolucionar a produção de energia, bem como sua distribuição e seu consumo. Essas transformações envolvem o aumento da produção de energia limpa, redução de custos e mais eficiência.
Por que a reforma do setor elétrico é importante?
A reforma do setor energético vai reduzir os custos, melhorar a infraestrutura e expandir a produção com outras fontes de energia, para tornar esse ambiente mais dinâmico e competitivo. Os pontos centrais desse movimento são a liberação do mercado e a integração de novas tecnologias.
Qual a influência da modernização no setor elétrico?
Nessa era digital, a tecnologia tem permeado todas as camadas da nossa sociedade e com o setor elétrico não seria diferente. Ela tem o poder de atender as demandas desse nicho e reduzir os custos da operação. Entre as modernizações nessa área, podemos citar:
- Diversificação da matriz energética: em 2023, 16,1% da matriz energética nacional foi o percentual alcançado na geração de energia solar. A eólica, em contrapartida, alcançou o patamar de 12,5%;
- Mercado livre de energia: vai trazer mais flexibilidade e autonomia para os consumidores, que vão negociar livremente com os fornecedores e empresas;
- Digitalização e automação de processos: o uso de sensores e sistemas de controle permitem coletar informações em tempo real. Enquanto as automações possibilitam eliminar tarefas repetitivas e reduzir erros;
- Integração de sistemas inteligentes: envolve uma rede de comunicação que estabelece um fluxo contínuo de informações, o que permite controlar remotamente as subestações;
- Implementação de redes inteligentes: também conhecidas como smart grids, elas otimizam a geração e distribuição de energia.
Qual o impacto da reforma nas tarifas de energia?
Você sabia que, nos últimos 20 anos, o valor da tarifa de energia no nosso país subiu 351,1%, de acordo com o TCU? Para fazer uma comparação, nesse mesmo período, a inflação subiu 230,3%. A conclusão é clara: no Brasil, a energia está entre as mais caras do mundo, no mesmo patamar que os países ricos.
O cenário da energia elétrica do Brasil reflete a falta de planejamento do setor. E a reforma entra justamente para aplacar esse cenário e trazer a redução dos custos de energia para os consumidores.
Outro ponto positivo da reforma é a entrada de novos concorrentes, o que acaba “barateando” o preço da energia por gerar concorrência. A diversificação das fontes de energia também ajuda na queda desses valores.
Uma das premissas desse mercado é a liberalização do mercado de energia livre de modo que os consumidores possam escolher os seus fornecedores de energia, o que traz mais poder de compra para o usuário.
Embora a reforma desse setor seja esperada e prometa trazer benefícios, ainda existem muitas incertezas. No início, pode ocorrer um aumento dos preços para alguns usuários. As tarifas também podem sofrer influência dos preços das fontes renováveis, como eólica, solar e outras.
A sustentabilidade como um pilar da reforma
A sustentabilidade é um ponto importante dessa reforma. O Brasil já possui uma matriz energética prioritariamente renovável e está ampliando-a com outras, como eólica, biomassa e solar. Elas são necessárias para reduzir a pegada de carbono. O objetivo com a expansão dessas fontes é diminuir a dependência das hidrelétricas e fontes de energia fóssil.
Oportunidades para os investidores
A reforma também traz oportunidades para os investidores, principalmente nas áreas de inovação e energias renováveis. Com o crescimento dessa demanda por energia limpa e modernização, o mercado está em expansão. Além disso, nesse cenário, surge espaço para novos modelos de negócio, como empresas que comercializam energia e as que fazem a gestão desse consumo.