Denúncias sobre irregularidades nos contratos de cessão de uso com associações de engenheiros – a chamada “rachadinha” e os contratos de “fomento” do CREA/SP estão sendo investigadas pelo Tribunal de Contas da União. O processo que tramita sob número 025.517/2020-1 foi aberto pelo próprio TCU a partir de representação da área técnica da Corte.
Segundo o engenheiro José Manoel Ferreira Gonçalves, presidente da Ferrofrente e que disputou as eleições no órgão em São Paulo, assistindo a posse irregular do atual presidente, pela terceira vez seguida, ferindo a Constituição, “outras denúncias foram encaminhadas ao processo. Tanto aquelas propostas pelo Ministério Público (036.740/2019-5), como aquelas propostas por nossa iniciativa (003.927/2020-2)”, afirmou.
“O CREA gastou até hoje sem contestação mais de R$ 300 milhões com contratos de cessão de uso e espaço operados por uma segunda entidade, criada com o único objetivo de arrecadar esses recursos que são públicos, pois saem do orçamento do Conselho, mantido pelas contribuições obrigatórias de empresas e profissionais credenciados. É preciso esclarecer como esses recursos foram aplicados e qual a real finalidade do instituto criado há dois anos por um grupo de dez pessoas. A Engenharia aguarda há muito tempo essa investigação. Todas as mazelas dessa administração precisam ser devidamente investigadas. Tem “rachadinha”, tem fraude eleitoral, tem permuta de imóveis sem projeto e licitação, entre outros” conclui o engenheiro José Manoel Ferreira Gonçalves.