Especialistas falaram de normas, uso racional e pesquisas para aumentar a produtividade e reduzir custos. André Dabus, Diretor-Executivo da AD, foi um dos palestrantes do evento
O 12º Seminário Tecnologia de Sistemas Prediais discutiu a necessidade de os responsáveis pelos empreendimentos estarem mais atentos às etapas do projeto para obtenção do aumento da produtividade e também para a industrialização da construção civil.
O diretor da InPrediais, Humberto Farina, que foi um dos palestrantes do painel “Projeto de Sistemas Prediais: realidade atual e necessidades para o desempenho, produtividade e custos, chamou atenção para o uso do BIM. “As etapas de projetos devem ser valorizadas para que as obras tirem maior proveito do BIM,” ressaltou.
No quesito responsabilidade, o diretor de Projeto e Construção da Tishman Speyer Properties, Luiz Henrique Ceotto, falou dos riscos e falhas nos projetos. “O bom projeto precisa evitar ao máximo os erros e omissões. Hoje é normal considerarmos de 10% a 20% de erros em instalações, já previstos em contrato. Não pode ser assim. Produtividade significa mínima interferência,” lembrou.
Ele citou alguns exemplos como a necessidade de instalações hidráulicas apropriadas para parede de dry wall. “O projetista precisa ter mais responsabilidade sobre isso,” afirmou Ceotto.
Garantias
Dentro das responsabilidades civis na cobertura de danos decorrentes de projeto, o diretor da AD Corretora de Seguros, André Dabus, lembrou que não existe apenas um mecanismo que garanta risco zero a um empreendimento, mas, segundo ele, é preciso saber o tamanho dos riscos de cada obra. “Eu não posso contratar um seguro sem que eu saiba para quem eu quero transferir as consequências financeiras dos riscos que estou correndo. O corretor de seguros tem que entrar antes de o projeto ser elaborado. Assim, as chances de haver erros são menores,” indicou Dabus, que também chamou a atenção para a necessidade de a contratação de seguros passar a ter maior relevância no setor.
Sustentabilidade
O seminário tratou também do uso racional da água e as recomendações da nova norma para água quente e água fria. O diretor da Gnipper Engenharia Associados, Sérgio Gnipper, lembrou que a nova norma tem como principal objetivo gerar economia, combatendo o desperdício, sem dificultar o uso para o consumidor. “Pela nova norma, o empreendimento deve avisar ao cliente que ele não pode alterar a vazão de chuveiros, torneiras e bacias sanitárias. Tem que utilizar o que a construtora instalou. Isso gera economia,” explicou.
A AES Eletropaulo participou do seminário com uma palestra do gerente de Clientes Corporativos, Ricardo Martins Marques, detalhando os serviços que a empresa oferece. “Os clientes sempre têm muitas dúvidas e nós oferecemos treinamento para que os empreendimentos consigam melhorar suas performances,” contou.
Um dos exemplos de melhora de produtividade e de redução de custos foi a apresentação do diretor da Gafisa, José Marmo. Ele contou em detalhes como a empresa se programou para reduzir gastos e aumentar sua participação no mercado. “Tínhamos essa meta, mas não podíamos baixar o padrão. Fizemos estudos de tintas, de materiais que reduziam perdas e patologias.”
Fonte: Andréa Bueno | Sinduscon-SP