No mês dos professores, o Grupo Rhyzos Educação (detentor da marca Twice, franquia de ensino bilíngue) resgata as mais belas histórias de vida para lembrar que onde há sementes do bem, as colheitas são abundantes. É o caso do seu projeto na Casa do Zezinho, ONG situada no bairro Capão Redondo e que tem sido um espaço de oportunidades para o desenvolvimento para crianças e jovens que vivem em situação de vulnerabilidade social.
Com a colaboração da professora de inglês Laura Feitoza, de 27 anos, o projeto instituiu aulas bilíngues para cerca de 200 crianças que praticamente nunca haviam tido contato com outro idioma, além do português. “Aqui, o inglês chegou como um expansor de oportunidades, permitindo às crianças reconhecerem que elas têm um poder transformador”, diz Laura. Segundo ela, as aulas mostram a elas o quanto é importante que se conheçam e que entendam seus papéis na sociedade. “Hoje, elas são capazes de reconhecer o que têm de bom e qual sua relação consigo mesmas, com o outro e com o entorno”, afirma a professora.
Laura nasceu em São Paulo, porém seus pais nasceram em uma cidade chamada Iracema, no sertão do Ceará e vieram para a capital em busca de uma vida melhor. Criada em uma família humilde, ela teve sua vida transformada pela educação, tendo seus pais como principais apoiadores na busca pelo conhecimento. “Eles me passaram valores fundamentais e me estimularam a estudar para ter uma vida diferente. A maioria das pessoas da geração deles, nascida naquela região, não terminou o Ensino Fundamental. Fui a primeira em minha família a fazer faculdade e a tomar gosto pelos estudos”, revela ela.
Aos 11 anos, Laura queria muito estudar inglês. Seus pais compraram de presente para ela um pequeno dicionário, que ela começou a ler, mas não conseguia entender nem pronunciar as palavras. “De tanto eu insistir, eles fizeram um esforço e deram um jeito de me matricular em um curso – o que me impulsionou a estudar cada vez mais. Eu não apenas queria, como precisava daquilo”, conta. Laura se dedicava, mas tinha dificuldades por falta de estrutura: não tinha Internet em casa e nem tinha como comprar livros. Até que ganhou um dicionário monolíngue de um professor. “Nessa altura, eu já dava aulas de inglês e passei a utilizar esse dicionário para preparar minhas aulas”.
No último ano do curso de inglês, seus pais perderam seus empregos e, por pouco, ela não conseguiu se formar. Isso só não aconteceu porque Laura acabou sendo convidada para dar aulas na escola em que ela estudava.
Em toda sua trajetória, Laura sempre acreditou que era possível transformar vidas por meio da educação. “Meu intuito é sempre mostrar aos meus alunos que, apesar das dificuldades, é preciso acreditar que somos protagonistas de nossas vidas e que o nosso futuro pode ser melhor. Afinal, a plenitude é uma busca e precisamos confiar nos nossos potenciais”, diz ela.
“Meu objetivo sempre foi fazer a diferença na vida das pessoas. Hoje, trabalho com crianças de idades variadas – vão dos 5 aos 12 anos, e vejo o quanto elas se envolvem na aula. É lindo ver como aquele aprendizado é valioso para elas, e como elas dão importância para cada palavra aprendida”, reflete Laura.
Para ela, ajudar a abrir portas para crianças e jovens de baixa renda, por meio da educação, significa criar condições para que possam sonhar com autonomia de pensamento e correr atrás de seus objetivos de vida. “São projetos como esses que me enchem de orgulho em poder dizer que sou professora”, finaliza a profissional.