Você sabe porque o uso da bicicleta aumentou depois da pandemia? Se não sabia que isso aconteceu, é hora de aprender. Para se ter uma noção, o número de vendas de bicicletas em 2020 aumentou 50% no total do ano, um valor extremamente alto considerando que foi um ano de baixa atividade econômica e queda no PIB.
A comparação do valor do crescimento da bicicleta com o PIB mostra que o setor realmente teve um desempenho muito fora do padrão. Portanto, há algum motivo específico para que isso tenha acontecido, não é mesmo? Afinal, porque o uso da bicicleta aumentou depois da pandemia?
Se você quer descobrir porque o uso da bicicleta aumentou depois da pandemia, siga a leitura do artigo abaixo!
Porque o uso da bicicleta aumentou depois da pandemia: 5 motivos que ajudam a explicar
1. Risco de contaminação
O fator número 1 que aumentou as vendas de bicicletas durante a pandemia do novo coronavírus foi o fato de que ela tem muito menos risco de contaminação do que as alternativas de transporte ou de exercícios físicos.
Por exemplo, imagine as pessoas que querem se manter em forma durante a pandemia. Elas não podem ir até a academia se exercitar porque as academias estiveram fechadas a maior parte do tempo (lugares fechados, com baixa circulação de ar e muita emissão de fluídos contaminantes). Logo, a melhor opção para elas era tentar emagrecer pedalando com uma bicicleta.
O mesmo acontece com quem precisa ir ao trabalho ou se locomover pela cidade. O transporte público (ônibus, trens e metrô) apresentam muitos riscos de contaminação, enquanto a bicicleta não.
Por ser usada ao ar-livre, com ampla corrente de ar e sem a presença de outras pessoas, a bicicleta se tornou uma opção mais vantajosa para quem quer emagrecer ou apenas se locomover.
2. Gastos com carros
Você deve ter notado que deixamos os carros de fora da explicação do ponto anterior. Afinal, quem não quer andar de transporte público pode sempre pegar um carro para ir para o trabalho, não é mesmo? No entanto, essa opção se tornou desvantajosa na pandemia.
Em primeiro lugar, o preço dos carros no Brasil aumentou significativamente por vários fatores, como a alta do dólar, o fechamento de fábricas e a escassez de matéria-prima no mercado internacional.
Em segundo lugar, os custos de manutenção dos automóveis aumentaram consideravelmente, especialmente os de combustível. A gasolina, que já estava cara, bateu R$ 7,00 o litro recentemente.
Tudo isso tornou os automóveis muito inacessíveis para a população, especialmente para as pessoas que ganham o salário-mínimo de R$1.100,00.
3. Poucas opções de atividades físicas
A pandemia do novo coronavírus reduziu as opções de exercícios físicos e atividades que as pessoas poderiam realizar. Muito do que era comum antigamente se tornou inviável no momento.
Por exemplo, o futebol de fim de semana teve de ser interrompido pois é um esporte de contato, com as pessoas respirando muito próximas. Isso aumenta os riscos de contaminação.
A academia, como mencionado, também se tornou inviável. O mesmo para qualquer esporte feito em um ginásio, como basquete, vôlei, futsal e outros.
A grande exceção foram os esportes feitos ao ar livre, como corrida, bicicleta e caminhada. Por serem esportes e atividades individuais e feitas em lugares abertos, elas apresentam baixíssimo risco de contaminação.
4. Estrutura mais adaptada
Um fator que ajudou bastante no aumento de vendas das bicicletas é o fato de que a estrutura para o seu uso está mais adaptada do que outras alternativas. Por exemplo, já existem ciclovias, leis de trânsito, bicicletários e outras ferramentas para quem é ciclista, enquanto o mesmo não pode ser dito para outros meios de transporte alternativos.
Por isso, é muito mais fácil e há muito menos resistência das pessoas de irem para o caminho das bicicletas do que iniciarem o interesse por uma área nova, ainda não totalmente adaptada ao seu dia a dia.
5. Opção mais acessível
Por fim, vale lembrar que a bicicleta é uma opção muito acessível. Em primeiro lugar, ela é barata: somente bikes profissionais e muito avançadas custam mais do que R$ 1.000,00, R$ 1.500,00. O custo de uso é zero, pois não há combustível e o ciclista só precisa se preocupar com a manutenção periódica.
Em segundo lugar, todo mundo sabe andar de bicicleta. É uma das coisas que aprendemos na infância e não esquecemos mais. É instintivo. É muito mais fácil relembrar a andar de bicicleta do que aprender a usar um patinete elétrico, por exemplo.
Pronto! Agora que já entendemos porque o uso da bicicleta aumentou depois da pandemia, dá para compreender que esse crescimento não é algo de um momento só. Afinal, muitos desses fatores continuarão por anos ajudando a alimentar o uso de bicicletas até que elas se tornem culturalmente mais importantes do que hoje.
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