Em tempos onde a tecnologia movimenta e transforma as relações de trabalho, os empregadores estão atentos a habilidades que vão além das capacidades técnicas do profissional. Neste cenário, as chamadas people skills, ou habilidades comportamentais e socioemocionais, tornam-se cada vez mais relevantes na análise de perfis para contratação.
Segundo um estudo realizado em 2022 pela plataforma Infojobs, as habilidades comportamentais são as mais importantes para 20,3% dos profissionais de RH entrevistados. Destes, 51% disseram que passaram a avaliar people skills nos últimos cinco anos e 97,8% acreditam que as habilidades comportamentais estão em destaque devido às necessidades de lidar com situações emocionais nas rotinas corporativas.
“No mercado financeiro, no qual a pressão por resultados é constante, profissionais sem o devido preparo emocional e comportamental tendem a se desenvolver menos, afetando diretamente o rendimento esperado pelas instituições. Hoje, people skills bem desenvolvidas tem um peso relevante em processos seletivos, os bancos buscam por esses profissionais”, explica Fabio Louzada, egresso do setor bancário e hoje sócio-fundador e mentor de carreiras à frente da Eu me banco Educação.
Ainda de acordo com a pesquisa da Infojobs, entre as habilidades comportamentais e socioemocionais mais buscadas pelas empresas estão saber trabalhar em equipe, ter inteligência emocional, saber se comunicar, ser resiliente e organizado, e saber lidar com conflitos. “São pontos que as instituições valorizam e que fazem diferença no tratamento com clientes e colegas. Partiu dos gestores o pedido de trazer, para dentro da formação dos profissionais, disciplinas que atuem diretamente no desenvolvimento dessas habilidades”, detalha Louzada.
“People skills são combustíveis para alta performance”
Em 2022, a plataforma Zenklub divulgou o Índice de Bem-estar Corporativo, que apontou que profissionais do mercado financeiro estão no quinto lugar no ranking de qualidade de vida no trabalho, com relatos de ansiedade acima da média. “Quando não há um preparo comportamental, existe uma dificuldade para potencializar todo o aprendizado adquirido nas áreas técnica, comercial e de networking e carreira. People skills são combustíveis para alta performance”, declarou o economista Bruno Piacentini, sócio e professor da Eu me banco.
Foi com base nas demandas das instituições financeiras que a escola criou, em 2019, o Programa Advisor de Alta Performance (PAAP), hoje MBA com certificado reconhecido pelo MEC. Ao longo dos anos, a grade curricular passou por alterações para suprir gaps pontuais que os bancos identificaram em seus times e nos processos seletivos.
“A demanda por people skills se tornou cada vez mais evidente, a ponto de criarmos um novo pilar de ensino dentro do MBA PAAP para desenvolver tais habilidades e melhorar, ainda mais, o índice de empregabilidade dos alunos”, explica Fabio Louzada. De acordo com a Eu me banco, dos mais de 3,3 mil alunos formados pelo programa, 2.325 estão empregados na área de investimentos.
O pilar Alta Performance, lançado em março, foi disponibilizado gratuitamente para alunos veteranos e recém-matriculados no MBA PAAP. Ao total, 10 cursos integram o escopo pedagógico e trabalham no desenvolvimento dos tópicos: alta performance, liderança, inteligência emocional, oratória, comunicação assertiva, produtividade, negociação, antifragilidade, capacidade de resolver problemas, resiliência e adaptabilidade.
“O aluno é provocado a evoluir, a estudar e explorar os conteúdos e comitês. Ser alta performance é uma questão de treino, não de vocação. Ambientes de alta performance influenciam os indivíduos que compartilham esses espaços, e as people skills são parte importante desse processo”, conclui Louzada.
Mais informações: https://eumebanco.com.br/paap/