Para especialista, o Brasil é pioneiro no Mundo Open e pode ser um modelo para a globalização do Open Finance

Para especialista, o Brasil é pioneiro no Mundo Open e pode ser um modelo para a globalização do Open Finance

O país avança como líder global no Open Finance, estabelecendo padrões para uma economia financeira e inovadora 

Foto: banco de imagem 

São Paulo, março de 2024 – O Open Finance no Brasil é tido como referência mundial. Com quase três anos de operação após o lançamento como Open Banking, a implementação do sistema brasileiro já é um case de sucesso. Quem diz isso é a Open Banking Excelence, instituição do Reino Unido que chegou a essa conclusão por meio de um estudo recente, em parceria com a Universidade de Oxford, que avaliou 23 países. 

Para Ana Rossi, CTO da Teros, plataforma de customização e integração de produtos e sistemas do Mundo Open, o Brasil é um pioneiro no desenvolvimento e na implementação do Open Finance, demonstrando como a colaboração regulatória, a inovação tecnológica e uma abordagem focada no consumidor podem transformar o setor financeiro global. 

“Com um sistema bancário entre os mais avançados do mundo e um histórico de investimento contínuo em tecnologia e inovação, o país sul-americano estabelece o padrão para a economia financeira aberta do futuro”, comenta Ana. 

Liderança 

Sob a liderança do Banco Central, o Brasil implementou um marco regulatório robusto que facilitou a padronização de APIs e melhorou a experiência do usuário. Para Ana, a experiência brasileira com Open Finance posiciona o país como um líder global, demonstrando a importância de uma regulamentação clara e do envolvimento ativo das instituições financeiras de todos os tamanhos.

“O Brasil tem sido um terreno fértil para inovações, como o PIX, um sistema de pagamento em tempo real que revolucionou as modalidades de pagamento no país. Essas inovações servem de modelo para países da Europa e Estados Unidos, mostrando como a tecnologia pode potencializar negócios e a gestão financeira”, explica a CTO. 

Apesar dos desafios iniciais, como a padronização de dados e a necessidade de ampliar a adesão do consumidor, o Brasil superou essas barreiras com investimentos em educação financeira e campanhas de sensibilização. “A superação desses desafios demonstra a resiliência e a capacidade de inovação do setor financeiro brasileiro”, acrescenta Ana.

Chaves para o sucesso 

A regulação brasileira facilitou uma colaboração sem precedentes entre bancos tradicionais, fintechs e startups, criando um ambiente propício para a inovação. Para a CTO da Teros, esse ecossistema colaborativo é essencial para o avanço do Open Finance e pode servir de exemplo para outros países. 

O Brasil também se destacou na promoção da adoção do Open Finance entre os consumidores, investindo em estratégias de educação e capacitação. Ana explica ser crucial conscientizar o consumidor sobre os benefícios do Open Finance, garantindo que tenham controle e entendimento sobre o compartilhamento de seus dados.

Com uma forte governança e um modelo de colaboração eficaz, o Brasil está contribuindo significativamente para o ecossistema global de Open Finance. “A experiência do Brasil, especialmente em termos de padrões, segurança e interoperabilidade, pode oferecer valiosas lições para o mundo”, diz Ana. 

O Open Finance no Brasil promove o desenvolvimento sustentável e a inclusão financeira, permitindo o acesso a uma variedade de produtos e serviços financeiros. Isso demonstra o potencial do sistema para transformar a vida financeira dos consumidores, especialmente aqueles anteriormente marginalizados pelo sistema bancário convencional.

Futuro

Olhando para o futuro, o Brasil continua a explorar novas inovações em Open Finance, como a monetização de dados e a hiperpersonalização de produtos e serviços. Essas inovações prometem melhorar ainda mais a experiência do cliente e impulsionar a eficiência no setor financeiro. 

Para países que estão considerando implantar ou expandir suas iniciativas de Open Finance, a CTO da Teros aconselha: “A experiência do Brasil sublinha a importância da liderança regulatória, do engajamento das instituições financeiras e da ampliação do escopo de compartilhamento de dados para uma implementação efetiva.”