A rinoplastia pode ser descrita, em termos genéricos, como o remodelamento dos ossos e cartilagens os quais dão forma ao nariz.
Trata-se, atualmente, da segunda cirurgia plástica mais realizada em todo o mundo.
Embora seja um procedimento cirúrgico leve, ainda assim é invasivo – toda cirurgia, por definição, o é. Também demanda, a rinoplastia, tal como qualquer cirurgia, cuidados pós-operatórios. Eles não são especialmente intensos nesse tipo de procedimento, mas ainda assim existem.
Quais são os cuidados pós-operatórios necessários à “cirurgia no nariz” – a rinoplastia?
Vários, e o principal deles é o efeito terapêutico desempenhado pela fita de micropore (que chamaremos apenas micropore) nesse órgão do corpo humano, uma vez que o mesmo é operado.
Vamos falar mais a respeito.
Micropore: cicatrização e estabilização
O micropore é uma fita com finalidades medicinais, voltado a casos nos quais se espera a recuperação da pele de um paciente após uma intervenção cirúrgica – no caso, uma cirurgia plástica, a rinoplastia.
A utilização do micropore é indicada para a fixação de curativos não-aderentes em ferimentos superficiais (como os advindos de uma cirurgia simples). É empregado principalmente para peles sensíveis e frágeis. O micropore, vale destacar, é uma escolha inteligente quando se trata de áreas que requerem trocas constantes de curativos.
O micropore é fixado sobre o nariz, visando não permitir que surja um edema (inchaço) no local em razão do procedimento cirúrgico recém-feito. Ele possibilita ainda que a pele e o tecido subcutâneo acomodem-se sobre as estruturas mais internas do nariz (cartilagens e ossos). Isso é necessário pois, na cirurgia, tais camadas corporais foram descoladas para possibilitar o acesso às estruturas do nariz.
Acima da cobertura de micropore, é preciso usar algo que estabilize o nariz. Especialmente quando ocorre alguma fratura durante a rinoplastia. É bastante incomum que isso se dê, mas não é impossível.
No passado usava-se com frequência gesso para tanto, mas esse material, pesado e pouco maleável, acabou substituído por outras opções de cobertura, tais como as placas termoplásticas. Tais placas são bastante simples de serem usadas, quase não acumulam resíduos e são mais discretas que o gesso.
Adicionalmente, acima da placa termoplástica, o cirurgião pode optar por adicionar mais camadas de micropore – normalmente da cor da pele da pessoa que foi operada, para que o curativo como um todo fique mais discreto e interfira menos na estética facial, enquanto não chega o momento de ser retirado.
A microporagem (ou seja, o uso de micropore na pele pós-operada) ajuda na regressão do edema e na moldagem e imobilização do nariz ao longo desse período pós-operatório.
O tempo recomendado para o emprego das compressões com micropore é de duas semanas, em média. Eventuais fraturas podem estender esse prazo.
Afora isso, no pós-operatório da rinoplastia deve-se beber bastante água. A ingestão do líquido favorece a recuperação do corpo da anestesia ao qual foi submetido, minimiza os inchaços surgidos e ajuda na cicatrização geral da área operada.
Vale ressaltar: o pós-operatório de qualquer cirurgia (e isso inclui a rinoplastia) é de corresponsabilidade do cirurgião e do paciente.
Esse último, por exemplo, não deve jamais tomar sol no local da operação, pois isso faz crescer o inchaço e retarda o processo cicatrizante.
Descuidar da hidratação, por outro lado, aumenta a tensão da pele, gerando igualmente complicações cicatriciais.
Uma rinoplastia bem sucedida é fácil de ser atingida, desde que todos os envolvidos na mesma (médico, mas também o paciente) portem-se segundo os protocolos consagrados para tal procedimento.