Marcelo Freitas*
Sim, é fundamental que as iniciativas ESG (Environmental, Social and Governance) sejam mensuráveis para que possam ser avaliadas quanto à sua eficácia e impactos.
Por isso, iniciativas ESG devem ser tratadas como elementos meio e não fim, assim como tradicionalmente a tecnologia nasceu sendo um meio que transformou o modo das pessoas se relacionarem com o mundo e hoje exerce um papel importante em nossas vidas.
Com o uso da tecnologia como um meio, foi possível de forma prática e simples, aproximar quem tinha algo a oferecer (imóveis, carros, serviços, educação, saúde, dentre outros) com quem tinha o desejo de consumir estes mesmos produtos e serviços, possibilitando que novos negócios surgissem e que os modelos de negócios tradicionais se multiplicassem rapidamente trazendo visibilidade e escala.
O rápido desenvolvimento e crescimento econômicos, ao nível mundial, geraram desequilíbrios e fortes impactos socioambientais, que agora exigem um novo meio, denominado ESG, para restabelecer este equilíbrio, onde as melhores práticas de sustentabilidade sejam implementadas, proporcionando que o mundo continue evoluindo economicamente, sem se abster do respeito ao meio ambiente, do compromisso social e das boas práticas de governança e rastreabilidade.
No entanto, para que essas iniciativas sejam realmente eficazes, é importante que sejam mensuráveis e possam ser monitoradas ao longo do tempo.
A mensuração dos indicadores de ESG pode incluir, por exemplo, a avaliação do impacto ambiental das operações da empresa, a promoção de políticas e benefícios de inclusão e diversidade, a gestão de riscos e oportunidades sociais e trabalhistas, a transparência nas operações e finanças da empresa, dentre outros aspectos relevantes para a sustentabilidade e a responsabilidade social.
Ao medir e reportar regularmente as iniciativas ESG, as empresas e organizações podem demonstrar seu compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade social e aumentarem a confiança e a transparência com seus clientes, fornecedores e acionistas. Além disso, as informações mensuráveis podem e devem ajudar os investidores a tomarem decisões pautadas e sustentadas por estas informações, direcionando seus recursos para empresas que reconhecidamente se destacam por suas práticas ESG.
*Marcelo Freitas, fundador e CEO da Prospera.