A máquina estatal brasileira está com gastos acima de qualquer país do mundo. Os números apresentados não são mais suportáveis. São 513 deputados federais, 81 senadores, cada um com seus 96 assessores, os quais país não aguenta pagar. Não é o povo que está errado, afinal, aqui no Brasil não temos que lidar com catástrofes que demandem gastos dos cofres públicos como tsunamis, nevadas e furacões.
Então, o que faz com que nossa reserva de dinheiro seja sugada dia após dia são os altos salários e gastos que os políticos têm, isso tudo aliado à quantidade desnecessária deles no congresso. Digo isso porque são 200 milhões de habitantes no Brasil, logo, a distribuição de cargos políticos deveria ser baseada na população, ou seja, a Câmara Federal não poderia ter mais do que 60 deputados, o Senado mais do que 20 senadores e o STF não poderia ter mais do que 3 Ministros. Essa quantidade de representantes administrando os poderes públicos pode ser observada na própria China, que tem 2 bilhões de habitantes.
Outro ponto oportuno de se mencionar é que a maior nação do mundo, os Estados Unidos, hoje tem um imposto único 6%. E eles têm metade da área agriculturável brasileira, o que é um ponto curioso visto que quem segura a estrutura da economia brasileira é o agronegócio. Aqui no nosso País, o imposto único não poderia passar de 8%, sendo distribuídos 4% para o governo federal, 3% para os governos estaduais e 1% para os municipais.
Além disso, o nosso salário mínimo no Brasil deveria ser ao menos 70% do salário mínimo americano. A conta é a seguinte: lá são 1500 dólares, então, os 70% são 1050 dólares, que atualmente equivalem a 5600 reais. Nesse total, o imposto cobrado deveria ser os 8% que venho mencionando.
Então, por exemplo, nessa lógica os salários dos políticos deveriam seguir a seguinte estimativa: O presidente da república não poderia ganhar mais do que 20 salários por mês. O governador, 12 salários. O senador, 15. O deputado, 13. O ministro do supremo tribunal, 11. E os demais servidores públicos, 8 salários mínimos.
E para começar a reverter essa tragédia administrativa na qual nos encontramos hoje é necessária uma reforma nessas lógicas expostas até aqui. Uma reforma que seja justa e coerente à sociedade e não para os políticos, que consomem bilhões dos cofres públicos todos os dias.
*J. A. Puppio é empresário e autor do livro Impossível é o que não se tentou