No início de 2022, vimos a sigla NFT ser muito comentada na mídia. Saiba o que são NFTs e por que criptomoedas estão em crescente desvalorização.
Em janeiro deste ano, a sigla NFT esteve nas manchetes dos principais veículos e gerou discussões em diversas rodas de conversa. Um dos motivos é que o jogador de futebol Neymar Júnior adquiriu NFTs por grandes valores.
No caso do jogador, foram compradas três artes virtuais da coleção Bored Ape Yacht Club, protagonizada por macacos entediados de diferentes estilos. Assim, à época, o valor total da compra foi de R$ 6,4 milhões. Por outro lado, nos dias atuais, a cifra é bem menor, como veremos mais adiante.
Mas, afinal, o que é NFT?
A princípio, essa abreviatura trouxe pontos de interrogação na cabeça de muitas pessoas. Logo, NFT é a sigla em inglês para token não fungível, isto é, a certificação digital da propriedade de itens digitais de luxo, como jogos eletrônicos e artes.
Sendo assim, esse comprovante de autenticidade é nada mais do que um código de computador. O que o diferencia dos demais códigos é que ele não pode ser copiado, pois tem registro na Blockchain, banco de dados públicos e imutáveis.
Ou seja, a tecnologia garante o acontecimento da transação, além de ser constantemente verificada por um registro independente. Por sua vez, vale destacar que a moeda digital usada na negociação dos tokens é o ethereum.
Os ativos digitais têm vantagens como diversificação, baixa taxa de movimentação e preços de moeda voláteis. Outro ponto que atrai os idealizadores dos negócios digitais são as transações descentralizadas. Em outras palavras, elas não dependem de entidades governamentais para acontecerem.
A desvalorização do ethereum e de outras criptomoedas
O Ethereum, assim como a maior parte das criptomoedas, está cada vez mais desvalorizado. No caso de Neymar, os itens adquiridos no início do ano por R$ 6,4 milhões hoje valem cerca de R$ 1 milhão. Portanto, isso representa uma queda de mais de 77%.
A respeito das criptomoedas, as opiniões entre economistas, investidores e governantes divergem. Em discussão, está o fato de que esses ativos não possuem um valor real e são apenas especulações. A incerteza faz parte do segmento.
Além disso, não são regulamentados no Brasil. Por exemplo, quem investe nas criptomoedas, precisa lidar com incertezas, pois o dinheiro é confiado a empresas que não prestam contas aos órgãos reguladores. Dessa forma, se elas falirem, não há garantia de lucro.
Os motivos da queda
De início, sabemos que a economia global passa por um momento delicado. Após a pandemia, a inflação está acelerada por motivos como desequilíbrio entre oferta e demanda. O elevado preço das commodities também explica a fragilidade no segmento.
Nesse caminho, temos a instabilidade geopolítica, causada pelos conflitos entre Rússia e Ucrânia. Por sua vez, os dois países envolvidos na guerra são importantes fornecedores de commodities. Junto a isso, a crise de confiança toma conta do mercado. Aliás, as criptomoedas são fragmentadas e têm dificuldades no que diz respeito à regulamentação.
O futuro
Afinal de contas, por serem voláteis, a tendência é que as criptomoedas voltem a crescer após a recuperação dos mercados afetados. Todavia, aos que desejarem investir nesses ativos, é necessário cautela e uma visão macro dos negócios.