Não é só a tecnologia que fará a transformação digital: escolha bem o seu time

Não é só a tecnologia que fará a transformação digital: escolha bem o seu time

*Paulo Marcelo, CEO da Resource

 

Atualmente, a computação em Nuvem é a tecnologia disruptiva que mais transforma processos e a maneira como as empresas organizam suas formas de trabalho. Utilizar Cloud Computing diminui custos operacionais em companhias de todos os tamanhos e setores, além de garantir mais segurança, mobilidade e produtividade às organizações. A nova tecnologia impactou, revolucionou, polemizou e conquistou seu espaço no mercado, tornando-se um caminho sem volta.

Durante a Conferência do Gartner sobre Infraestrutura de TI, Gestão Operações e Data Center, foram discutidas as inovações que são esperadas para o setor e como as empresas devem se preparar para atender às próprias demandas e as de seus clientes investindo no ambiente de TI.

O Brasil é considerado hoje o maior consumidor na América Latina dessa nova alternativa computacional. O uso de Nuvem cresce na mesma proporção – ou mais – em que ocorre o progresso de outras tecnologias, como Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA), novas memórias, entre outras. Armazenar dados virtualmente oferece mais agilidade às operações, diminuindo a quantidade de informações que atravessam a rede. O potencial dessa tecnologia é tão grande que, segundo o Gartner, em 2022, aproximadamente 50% das informações corporativas serão criadas e processadas fora dos data centers e servidores Cloud, o que conhecemos como “Edge”. Atualmente, esse indicador representa 10%.

Com a velocidade com que a tecnologia evolui, estar sempre atualizado é essencial para a sobrevivência das empresas. Em um mundo conectado, quem não se transformar digitalmente perderá espaço no mercado. De acordo com o Gartner, os departamentos de TI precisarão remodelar e implementar tecnologias diferentes para os próximos cinco anos. Espera-se que, até 2019, as contratações de especialistas técnicos de TI serão reduzidas em mais de 5%. Já para 2021, 40% do time de TI será responsável por papéis múltiplos, sendo a maioria relacionada a negócios, mais do que à própria tecnologia.

As novas soluções tecnológicas são transformadoras, mas vale ressaltar que as pessoas são a parte crucial dessa mudança. Para obter sucesso na modernização da Infraestrutura e das Operações, é necessário que o projeto esteja alinhado com a escolha do time. Cada vez mais essas funções vão precisar de pessoas versáteis com habilidades transversais como pensamento crítico, solução de problema, conhecimento de negócios e habilidades de comunicação. Além, é claro, da qualificação técnica.

Até 2020, a consultoria prevê que 75% das empresas enfrentarão rupturas visíveis de negócios devido ao déficit de competências em TI. Essa mudança começa primeiramente na área de Infraestrutura, seguida por gestores de TI não técnicos e líderes com perfil mais versátil.

Na era dos negócios digitais, investir para ganhar eficiência e saber integrar habilidades de diferentes áreas é fundamental para manter a competitividade no mercado. Além de focar na geração de valor para os clientes, as empresas de tecnologia devem impulsionar a inovação e agilidade. É a junção de tecnologia com um time de profissionais de alta performance que determinará o sucesso dos negócios.

 

*Paulo Marcelo tem 30 anos de vivência no mercado de TIC. Atual CEO da Resource IT Solutions, também foi Presidente da Capgemini no Brasil e sócio da CPMBraxis e Unitech. Ao longo dos últimos anos, tem contribuído para o desenvolvimento do setor de TI no País, atuando como Vice-Presidente do conselho da Brasscom (Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação) e como membro do Grupo de CEOs da Câmara Americana de Comércio.

Deixe uma resposta