Profissionais buscam na figura do mentor o caminho das pedras para ser relevante no mercado. Segundo a ABMEN, média de crescimento dos mentores de negócios é de 19,5% ao ano.
Concluir a graduação e acumular certificados de cursos não basta para ser bem-sucedido profissionalmente. O saber-fazer de profissionais que são referências em seus segmentos é um trunfo que pode mudar para melhor a carreira daqueles dispostos a investir para ter acesso a esse conhecimento. A mentoria, popular em países como os Estados Unidos, ganha força no Brasil como ferramenta que encurta a curva de aprendizado e aproxima o mentorado de melhores oportunidades no mercado de trabalho.
Basta uma rápida busca no LinkedIn para constatar que a oferta de mentores está em crescimento. Em 2016, a Associação Brasileira dos Mentores de Negócios (ABMEN) fez um levantamento e constatou que cerca de 8 mil profissionais se apresentavam como mentores na plataforma. Em dezembro de 2020, a busca pelo termo “mentor” revelou 30 mil perfis.
“Existe uma geração de valor imensurável no processo de mentoria. O mentor tem a responsabilidade de prover o mentorado de conhecimento, inovação e perspectivas que levarão sua carreira ao próximo nível. Tive mentores que foram fundamentais na minha trajetória, que me ensinaram mais do que aprendi nos anos de universidade e no MBA”, relata o economista Fabio Louzada, com mais de 12 anos de carreira no setor bancário e hoje CEO do Grupo EMB, que engloba a escola Eu Me Banco e as spin-offs Você AAI e Partiu Banco.
Recentemente a ABMEN divulgou um dado que indica a ascensão das mentorias de negócios no Brasil: a média de crescimento é de 19,5% ao ano, com expectativas de expansão a longo prazo. Louzada, que há um ano oferece mentoria por meio do Programa Advisor de Alta Performance (PAAP), colabora com a estatística.
“Considerando as cinco turmas atendidas até o momento, foram oferecidas mentorias coletivas e individuais para mais de 600 profissionais do mercado financeiro só em 2020. São pessoas que acreditam na cultura de mentoria estruturada para alcançar resultados específicos, que podem ser mudar de emprego, crescer dentro da empresa ou até mesmo empreender”, afirma Fabio Louzada.
Experiência como moeda de troca
Não é difícil entender o porquê das mentorias estarem em alta. Com a economia em fase de recuperação e alta competitividade na disputa por vagas, a experiência dos mentores coloca os mentorados em vantagem num processo seletivo, numa sondagem para promoção ou durante o período de teste que antecede a efetivação do contrato de trabalho.
“A mentoria é um guia, um território seguro onde o mentorado pode expor seus pontos fracos e aprender habilidades que só quem já chegou lá sabe ensinar na prática. O mentor vai indicar o que fazer, como fazer e com quem fazer para traçar o melhor caminho de encontro a visão de futuro do profissional”, finaliza Louzada.