A profissão que já era uma tendência está prestes a se tornar uma realidade para milhares de pessoas que apostam no marketing digital, ou de redes como principal renda. O programador norte-americano mais conhecido do mundo Mark Zuckerberg anunciou na última quarta-feira (14), que vai investir mais de $ 1 bilhão de dólares para pagar criadores de conteúdos que publicam no Facebook e Instagram.
“Queremos criar as melhores plataformas para milhões de criadores de conteúdo ganharem vida”, escreveu Zackerberg em sua conta oficial no Facebook. Provavelmente esta é uma respota do empresário para os milhões de influenciadores digitais que reclamam das recorrentes mudanças que vêm acontecendo nas plataformas.
Já outra parcela de comunicadores e criadores acreditam que o CEO da empresa esteja mais preocupado com o crescimento dos concorrentes TikTok e Youtube. “Investir em criadores de conteúdo não é novidade para nós, mas estou ansioso para expandir este trabalho ao longo do tempo”, completou Zuckerberg.
As críticas dos criadores de conteúdo se dão principalmente pelas inúmeras alterações nos algoritmos dos aplicativos, que muitas vezes dificultam que suas fotos e vídeos cheguem a um bom percentual de seguidores. No caso do Instagram, quando é publicado um conteúdo, ele é entregue para 10% dos seguidores de uma conta e depende do engajamento desses 10% de contas para entregar a uma segunda camada, de mais 20%, que depende novamente de como esse público vai reagir para então entregar a uma terceira camada de pessoas e então se tornar viral.
É preciso muita estratégia, não? Por este motivo é muito importante ter cautela na hora de criar e publicar um conteúdo nas redes sociais. Se o objetivo for profissional é necessário muito estudo e seguir as tendências, (trends) para não ficar para trás. Quando se trata de marketing digital a palavra principal é inovação. Pois de nada adianta criar conteúdos semelhantes aos dos outros, e sim usar as tendências para inovar seus conteúdos e consequentemente alcançar seus objetivos.
Embora a notícia de Mark Zuckerberg tenha entusiasmado influenciadores ao redor do mundo, ele não apresentou detalhes de como será realizada essa distribuição, nem métricas que os criadores precisam alcançar para serem remunerados. A única informação que o “todo poderoso das redes” deu foi que dará, “Mais detalhes em breve”.
Influenciadores digitais
A profissão de influenciador digital ainda não é reconhecida pela legislação trabalhista brasileira, mas já gera oportunidades de ganhos reais. É óbvio que quem já possuía alguma fama e aproveitou para engatar suas redes sociais saiu na frente dos demais criadores, contudo nada supera um perfil engenhoso e quando se fala em criatividade o brasileiro consegue mesmo se destacar.
De acordo com um levantamento realizado pela We Are Social em parceria com a Hootsuite em 2020 no Brasil 2,7 bilhões de pessoas usaram o Facebook, 120 milhões tinham conta no Whatsapp e 95 milhões faziam uso do Instagram.
Um cenário que tem tudo para se consolidar neste ano, já que a pandemia do coronavírus está longe de acabar, o que faz com que consequentemente as pessoas fiquem mais tempo em casa usando as redes sociais.
Os influenciadores que estiverem realmente considerando estes números e trabalhando para manter sua audiência presa a ele, tem tudo para se destacar em um futuro não longínquo. Contudo há desafios a serem vencidos como em qualquer outra profissão. A inconstância do público é um deles. Como estamos vivendo uma era em que tudo acontece de maneira repentina, o que hoje é sucesso amanhã pode não mais ser e o influenciador cair no ostracismo. Por essa razão é importante que o criador esteja constantemente atento ao seu mercado e estudando, afinal nada cai do céu, até mesmo para se ganhar em uma Loteria Federal é preciso jogar.