Com peças inspiradas no lifestyle e na cultura vintage, a marca aposta no conceito slow fashion
Sobreviver durante a pandemia não foi fácil. Mesmo assim, teve empresa que não somente aguentou uma das piores crises do mercado já vivenciadas, mas também cresceu e expandiu sua atuação para o exterior. É o caso da Toda Frida, marca catarinense de moda retrô que apresentou um crescimento de 230% em seu faturamento no período. Com o propósito de oferecer peças inspiradas em um lifestyle que valoriza a cultura vintage, a companhia focada no comércio digital também passou a exportar produtos para os EUA e Europa. Para chegar a esse ponto, o e-commerce apostou no conceito slow fashion, que visa incentivar as pessoas a consumirem peças de qualidade com alta durabilidade.
Lançada em 2014, a Toda Frida nasceu da vontade de empreender do casal de jovens gaúchos Daiana Moreira e Emmanuel Polanczyk Batalion. Desde então, a marca conquistou uma legião de mulheres brasileiras, que vestem do PP ao 3G, com roupas e acessórios autorais e atemporais. Para atender a demanda impulsionada pela pandemia, os empreendedores investiram no aumento do quadro de colaboradores e em uma nova fábrica com mais de 1.000m² localizada em Criciúma (SC) – deixando para trás o antigo espaço de 150m² em Araranguá (SC)
“A minha vontade de empreender junto com o Emmanuel fez com que a Toda Frida ultrapassasse fronteiras. Desde o começo sempre procuramos entender o setor para entregar peças nunca vistas no mercado. Com esse estilo de produção que conseguimos encantar e deixar apaixonadas as nossas clientes. Chegar ao ponto da exportação é uma conquista, pois temos um público que valoriza muito a moda retrô”, comenta Daiana, que também acumula a função de diretora de marketing na Toda Frida.
Segunda chance
Para chegar ao sucesso, a dupla passou por algumas dificuldades. Antes do lançamento da Toda Frida, o casal já havia criado uma marca de roupas online oferecendo apenas peças de representantes, porém o negócio não deu certo. Após realizarem alguns cursos de especialização e procurarem a ajuda de profissionais para aprender mais sobre o setor, fizeram um empréstimo e decidiram investir no e-commerce, já que o orçamento não era suficiente para uma loja física.
Para Emmanuel Polanczyk Batalion, CEO e cofundador da Toda Frida, esse foi o momento de maior aprendizado. “No começo a proposta era criar uma marca alternativa, mas com o tempo fomos criando um conceito único. Inicialmente, nós batemos de porta em porta, nosso propósito maior era tornar a Toda Frida uma marca referência no universo retrô”, comenta.
Peças autorais
Desde a criação da marca, alguns de seus produtos são confeccionados e possuem acabamentos de forma artesanal, seguindo o conceito de oferecer desde roupas até acessórios que possam complementar o look de mulheres que apreciam a tendência retrô. “Quase todo mundo tem no guarda-roupa alguma peça que pertenceu a gerações anteriores da família. Pode ser um acessório ou uma roupa, são essas referências que criam um estilo quando uma nova tendência surge no universo da moda. São dessas características que é possível criar peças únicas e exclusivas”, explica.
Atualmente, ao longo do ano são criadas quatro coleções inspiradas nas estações: primavera/verão e outono/inverno, com 1.000 a 2.000 mil peças para cada uma delas. Na loja virtual da marca é possível encontrar vestidos, calças, macacões, blusas, casacos ou até mesmo adquirir as roupas por mood, como casual ou office.
Outro canal que auxilia os consumidores são as redes sociais da marca. Por exemplo, a página da Toda Frida no Instagram é um espaço de conteúdos relevantes para clientes e apreciadoras de um lifestyle da cultura vintage, perfeito para aquelas que gostam de explorar e viver experiências únicas. Na rede social é possível encontrar sugestões de filmes e livros, aplicativos para admiradores do universo fashion, histórias de produtos da marca, além de dicas de viagens e até mesmo curiosidades de personalidades da moda.
Sustentabilidade
A Toda Frida é uma marca que também entende a importância da sustentabilidade. Todos os retalhos dos tecidos são reaproveitados, resultando em uma reciclagem para criação de artesanatos, que viram scrunchies (elástico de cabelo que era tendência dos anos 80 e 90 e estão de volta no mundo da moda e beleza), máscaras, cintos e outros acessórios. Todos os tecidos possuem certificados e são produzidos com responsabilidade social. “Nossa preocupação não está apenas na exclusividade das coleções, mas também na qualidade dos tecidos que confeccionamos nossas peças. Na Toda Frida pensamos no meio-ambiente, todos os nossos fornecedores possuem certificados de qualidade. Além disso, pensamos no dia a dia das consumidoras, que buscam praticidade e optam por tecidos que não amassam”, finaliza Daiana.