No dia 20 de Setembro – feriado no Rio Grande do Sul – comemora-se a data da revolução Farroupilha. Revolução que consta em nosso Hino, nosso Brasão e nossa Bandeira. Em homenagem a esta data, nosso próximo post será no dia 21 de Setembro, para que estas ideias aqui contidas tremulem, ecoem pelas palavras do texto durante esta época de festa.
Três palavras constam no Brasão Gaúcho que são ícones da nossa história, tradição e igualmente fundamentais em se tratando de mercado e negócios: Liberdade, Igualdade e Humanidade.
Pode parecer estranho a você leitor, contudo conceitos como liberdade, igualdade e humanidade existem largamente no universo corporativo. São muitas vezes pouco analisados, as vezes esquecidos, muitas vezes postos de lado, mas existem.
A principal razão de sua existência é que tais princípios são inerentes ao ser humano.
Todos queremos liberdade de nosso ser, liberdade de pensamento, liberdade de expressão.
A igualdade é perseguida mais do que nunca hoje em dia. Abaixo ao preconceito racial, credo, cor, sexo. Igualdade de direitos entre homens, mulheres e homossexuais. Igualdade, sinônimo de respeito e amadurecimento interior.
Assim como a humanidade, que também pode ser lida como os ideias da revolução francesa, fraternidade. John Lennon já pregava que o mundo seria um só se não houvessem países, mas mesmo com fronteiras, se houver a ideia de fraternidade, união entre os povos, respeito as diferenças culturais, aos direitos constitucionais, o mundo seria diferente.
E no universo empresarial?
Liberdade
Muitos querem liberdade de horário, liberdade de internet, liberdade de dias, folgas, etc. Outros querem liberdade para atender este ou aquele cliente, fazer este ou aquele trabalho.
Isto não é liberdade. Isto é liberalidade.
Liberdade se adquire com conhecimento, para início de conversa. Depois de conhecimento, necessita muito de crítica, análise contextual, para que o conhecimento adquirido possa se transformar em consciência, em visão/percepção e daí sim, dizer que com liberdade, penso, tenho atitudes e verdades deste ou daquele jeito.
A grande maioria das pessoas pensa e age com as verdades alheias. Vêem um noticiário e acreditam nas verdades ali contidas. Lêem na internet ou nos jornais e aceitam aquilo como verdadeiro. Cadê o senso crítico próprio? Ou seja, analisar com seus conhecimentos, suas verdades e pensar em como fazer?
É por isto que a maioria aceita quando a rotina do escritório está assim ou assado. Não pensa em como poderia ser diferente, em como podemos aprender vendo os erros dos outros.
Você é livre no seu escritório? Pensa e critica os procedimentos (lógico, não as pessoas)?
Igualdade
Igualdade não apenas no conceito de salário ou pessoas. Igualdade no tratamento. Igualdade na forma de agir. Não podemos remunerar bem e esquecer que remuneramos o trabalho e não a pessoa. Remuneremos as atividades que ela deve desenvolver e não a pessoa em si, o que significa que podemos cobrar trabalho e não um escravo no nosso negócio.
O mesmo vale ao empregado. Tem que ter senso que sua remuneração advém do negócio, do crescimento do mesmo. Trabalhar uma hora a mais não é ser escravo. Pode ser um investimento no negócio. Se você acha que trabalhar um pouco a mais é ser escravo porque a empresa não te remunera adequadamente, procure outra empresa.
A igualdade entre empregador e empregado pode existir. Ambos precisam é ter a liberdade em si para verem a situação do outro e respeitarem as diferenças.
Humanidade/Fraternidade
Se conseguirmos ver o mercado de forma fraterna, humana, podemos perceber – dentro da nossa liberdade de pensar e agir – que não temos concorrentes, temos possíveis parceiros. O mercado é enorme e nós somos únicos – enquanto pessoas e enquanto empresas – de maneira que somos contratados pela nossa maneira singular de prestar serviços, atender, gerar produtos e oportunidades.
Somos bilhões de pessoas buscando o mesmo ideal: Ser feliz. Queremos com nosso trabalho, amor e lazer buscar a nossa felicidade interior. Alguns pensam que o dinheiro traz isto, mas o dinheiro é consequencia da realização pessoal nossa, pois quando nos realizamos, trabalhamos mais e melhor, obtendo melhores resultados.
Agir com fraternidade no nosso dia a dia pode ser um diferencial competitivo importante, pois parcerias são uma forma de crescimento pujante no Brasil (inclusive com estrangeiros).
Enfim, ou como se diz no Sul: Tchê!,
Que os ideais Farroupilhas sejam a revolução do teu caminho profissional de hoje em diante, para que carregue no peito as verdades que realmente construíste com a tua razão e sentimento, respeitando a todos e sentindo fazer parte da grande humanidade do planeta terra.
“Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra!”
(trecho do Hino Rio Grandense)
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Diretor da Consultoria GestaoAdvBr
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