Investimento em gestão aplicada e desenvolvimento profissional são chaves do crescimento
“Construir prédios é muito fácil, mas formar uma equipe com massa crítica de peso dentro de uma instituição é 10 vezes mais difícil”. É assim que o médico João Luiz Garcia de Faria se refere à trajetória do Hospital IPO, referência nacional em saúde que completa 30 anos em junho e do qual é fundador e diretor. O segredo do sucesso? Investimento em capacitação profissional e conhecimento.
Ao longo de sua história, o IPO construiu um nome de credibilidade quando se fala em otorrinolaringologia no Paraná. No início, a equipe do hospital era composta por apenas dois profissionais. Hoje, são mais de 250 especialistas da área. Esse crescimento é apenas um dos resultados da dedicação do grupo em formar médicos qualificados por meio de diversas parcerias com outras instituições e também a partir dos programas internos da empresa.
Um dos projetos de capacitação do hospital é o fellowship, implantado em 1993. Com seis setores de concentração e duração de um ano, o programa é uma complementação especializada pós-residência para otorrinolaringologistas. Nele, os profissionais podem se aperfeiçoar de maneira teórica e prática em cirurgias otorrinolaringológicas e da face, plásticas e reparadoras.“
Muitos profissionais que atuam hoje no IPO são fruto do treinamento realizado no próprio hospital, pois foram mais de 210 fellows graduados ao longo do programa. Além dos alocados em nossa equipe, enviamos especialistas para outros centros clínicos nacionais”, explica Faria.
O hospital ainda investe em parcerias com universidades para residência médica e aprendizado científico, uma vez que os estudantes têm uma grande base de dados provenientes dos pacientes do hospital à disposição. Algumas colaborações de sucesso foram firmadas com a Universidade Federal do Paraná (UFPR),Universidade de São Paulo (USP) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná(PUCPR).
“A chave para o grande crescimento do IPO está na transferência de conhecimento que ocorre dentro do hospital, seja por meio de cursos, fellowship ou mesmo convênios com universidades”, salienta o diretor da instituição.
Estrutura de gestão aplicada
O trabalho de backoffice é um dos principais pontos de atenção na gestão do Hospital IPO. Desde a sua inauguração, a tecnologia da informação e o desenvolvimento de softwares dentro da própria operação foram prioridade. Por ano, 15% do faturamento é destinado à adesão de novas tecnologias e renovação de equipamentos físicos.
Ainda, a normatização de um processo único com dados de nível de produtividade e desvio padrão de atendimento foi essencial para atestar a qualidade dos exames clínicos e cirurgias realizadas. Resultado disso é a dominância de 90% do marketshare de Curitiba pela empresa, que também recebe pacientes de todo o Paraná para consultas.
Desde 1992, o hospital se baseia no princípio de que o setor de saúde deve ser visto como um negócio, sem deixar de lado o assistencialismo e a humanização. Até por isso, “cuidado e saúde para toda a família” se tornou o slogan dos 30 anos do hospital.
“Percebemos que o mercado precisava de uma maior profissionalização do exercício da medicina, especificamente no setor da otorrinolaringologia. Por isso, consultamos desde economistas até experts em hotelaria para garantir que todas as áreas fossem atendidas com excelência. Nós vemos o médico como parte integrante de um todo, não como figura principal”, comenta o fundador do IPO.
De olho no futuro
No ano de sua criação, o IPO realizou 4 mil atendimentos. Atualmente, o hospital recebe 4 mil pacientes por dia em seus 28 mil metros quadrados (m²) dedicados ao setor. E esse número está prestes a subir com o lançamento do Eco Medical Center. O centro médico inaugurado no início deste mês teve investimento de R$ 120 milhões e tem capacidade para receber até 7 mil pacientes diariamente. Localizado em prédio anexo ao Hospital IPO, conta com 30 especialidades médicas e um andar inteiro dedicado à saúde da mulher, fora um espaço para a realização de cirurgias.
“Iniciamos o projeto do Eco em 2012, quando percebemos que muitas áreas estavam isoladas e precisavam ser integradas, montando um ecossistema. Os primeiros testes de ampliação para outras especialidades tiveram início há cinco anos, com a implementação do IPO Oftalmologia. O negócio deu tão certo que hoje já temos diversas unidades espalhadas pela capital paranaense”, conclui João Luiz Garcia de Faria.