No complexo universo da saúde, o reembolso médico emerge como um tema de intensa discussão, principalmente pelo atual cenário marcado pelos desafios dos reembolsos e pelas constantes mudanças das operadoras de saúde. Para Fernanda Costacurta, uma empresária e especialista com vasta experiência no setor de saúde, compreender detalhadamente os aspectos éticos e práticos desse processo é crucial para garantir a sustentabilidade financeira das operadoras, assegurando o direito do paciente ao reembolso, sem perder a livre escolha do prestador médico ou da instituição de saúde.
Com formação inicial em Fisioterapia e especializações em neuropediatria e UTI neonatal, além de uma sólida formação acadêmica que inclui pós-graduação em Administração de Serviços de Saúde, MBA Executivo em Saúde com ênfase em Gestão de Clínicas e Hospitais, e GRC – Governança, Compliance e Risco, Fernanda Costacurta oferece uma perspectiva multifacetada sobre a triangulação entre o paciente, prestadores de serviços e operadoras de saúde.
Com 24 anos na área da saúde, percorrendo a saúde pública e a saúde privada, sua abordagem estratégica e compromisso com a ética e transparência resultaram na capacitação de dezenas de médicos e centenas de equipes de saúde fornecendo conhecimentos essenciais sobre codificação, valoração, estrutura de pedidos, justificativas, recursos de glosas e negativas, entre diversos outros recursos importantes dentro da auditoria de contas, sempre com o objetivo principal de evitar o esgotamento do sistema de saúde, possibilitando ao paciente realizar o procedimento e recuperar sua saúde, a operadora evitar o desperdício de recursos e aos médicos possibilitar o cumprimento do ato médico de forma legal com a remuneração adequada.
Fernanda ressalta que o reembolso médico está previsto em lei, resoluções e normativas, sendo um direito do paciente a partir do momento que contrata um plano de saúde com a categoria livre escolha e mesmo que a rede credenciada seja oferecida pela operadora de saúde, a categoria livre escolha permite ao paciente escolher o seu médico de confiança para o devido tratamento, dentro das especificidades acordadas em contrato com a operadora de saúde, assim como seus limites de reembolso também previstos em contrato. Ela enfatiza que o principal desafio é o entendimento do direito ao reembolso pelo paciente, sem a interferência abusiva não só dos prestadores, mas também da própria operadora de saúde.
Em uma entrevista exclusiva, Fernanda Costacurta compartilhou insights valiosos sobre as melhores práticas nas solicitações dos procedimentos cirúrgicos e ambulatoriais, além de trazer a importância da jornada do paciente que deve conhecer seus direitos e deveres perante o reembolso médico. Além disso, ela destaca a importância de conhecer, profundamente, as políticas de saúde vigentes, incluindo leis, normativas, pareceres e resoluções, não só da ANS (Agência Nacional de Saúde) mas também do CFM (Conselho Federal de Medicina) CRM (Conselhos Regionais de Medicina), AMB (Associação Médica Brasileira) e outros órgão relevantes como as Sociedades Médicas e Associações de Classes.
Fernanda ainda reforçou que a judicialização não é o caminho para resolver negativas, já que resolve o caso de apenas um indivíduo e não de uma comunidade de beneficiários, mas reconhece que este está sendo um caminho adotado por não haver diálogo e conciliação válida com as operadoras de saúde, que estão pautadas em um foco centrado na redução de custos, desconsiderando muitas vezes as necessidades do paciente e a integridade do médico que faz o devido acompanhamento deste paciente.
Como executiva experiente, Fernanda reconhece que diminuir custos é de extrema importância para sobrevivência de qualquer empresa, mas que não sustenta o ecossistema por muito tempo, já que ele é formado por diversos stakeholders que se retroalimentam, como o paciente – médico – instituição de saúde – operadora de saúde.
Outro ponto crítico mencionado por Fernanda é a falta de conhecimento do paciente não só do contrato adquirido da operadora, como também dos seus diretos e limites contratuais, além das devidas cláusulas de exclusões com surpresas desagradáveis e desgastantes durante todos o processo, não só do reembolso como também das devidas coberturas para os procedimentos. Para o médico assistente e de confiança extrema do paciente, o auge é ver toda a sua qualificação técnica, estudos, dedicação ao paciente sendo ignorados pelas juntas médicas, que trazem um olhar simplificado e até mesmo purista, ao avaliar a solicitação de um importante procedimento apenas pelo olhar documental, sem ao menos avaliar presencialmente este paciente e acompanhar de perto todo o seu sofrimento, sem contar com os diversos pacotes formalizados entre a operadora e as instituições de saúde, que deflagram a remuneração médica.
Diante de um cenário tão desafiador, marcado por fraudes, glosas e divergências significativas, Fernanda Costacurta lidera uma iniciativa transformadora: a de capacitar médicos para além da medicina, não para serem gestores, mas para entenderem de gestão e liderança durante toda essa jornada do paciente, onde ele é um stakeholder importante e fundamental neste elo de triangulação. Entre mentorias, consultorias e imersões, Fernanda oferece metodologias essenciais para o médico tornar o seu dia a dia mais leve perante as operadoras de saúde, conhecendo processos, auditorias e capacitando sua equipe para um suporte adequado, robusto e que traga mais tranquilidade para um futuro promissor.
“Os médicos precisam voltar a ter autonomia nos seus atos, nas suas indicações e tratamentos, e não serem conduzidos, de forma abusiva, por operadoras e seguradoras de saúde. Regras são necessárias, mas o monopólio é perigoso e devastador na vida do principal ator, o paciente. A relação médico-paciente é milenar e essencial para um tratamento seguro, de alta qualidade e principalmente para uma jornada de qualidade de vida”, conclui Fernanda.
A reflexão de Fernanda Costacurta sobre a necessidade de autonomia dos médicos e a importância da relação médico-paciente destaca um ponto crítico no atual cenário de saúde suplementar: o equilíbrio entre regras necessárias e a liberdade profissional. Este equilíbrio é essencial para preservar a integridade do atendimento ao paciente e assegurar que os direitos previstos em lei sejam efetivamente garantidos.
Para alcançar essa harmonia, é imperativo que todos os atores do sistema de saúde trabalhem juntos com transparência, ética e respeito mútuo. A capacitação contínua dos profissionais de saúde, o conhecimento aprofundado das normas vigentes e a implementação de práticas de gestão eficientes são passos fundamentais para transformar essa relação, onde hoje é vista como abusiva de todos os lados.
Fernanda Costacurta demonstra que é possível navegar pelos desafios desse processo com ética e eficiência, promovendo a sustentabilidade do sistema de saúde e, ao mesmo tempo, garantindo que os pacientes tenham acesso aos cuidados de que necessitam. Seu trabalho em capacitar médicos e equipes de saúde é uma contribuição valiosa para a construção de um ambiente que seja verdadeiramente um direito do paciente, respeitando a autonomia dos médicos e a viabilidade econômica das operadoras.
Assim, a busca por um sistema de saúde mais justo e eficaz passa pelo compromisso com a educação, a transparência e a colaboração entre todas as partes envolvidas, sempre colocando o bem-estar do paciente como prioridade máxima.
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