COO & Sócia da Teros explica como o Open Finance vai proporcionar cobertura ampla de escopo do ecossistema financeiro
O Open Finance é realidade no Brasil. Isso é o que mostra o Primeiro Relatório Semestral do Open Finance Brasil, depois de 17 meses do seu início oficial. De acordo com o documento, nos últimos três meses, houve um aumento significativo de novas chamadas de sucesso das APIs, o que comprova o engajamento crescente das instituições e da população no novo sistema financeiro.
“Podemos considerar que o modelo Open já tem uma história. Na transição de Open Banking, quando se tratava apenas do sistema financeiro, para Open Finance, que traz cobertura ampla de escopo do ecossistema, podemos dizer que finalmente compreendemos o novo modelo de forma mais consistente e as iniciativas comprovam isso”, afirma Ligia Novazzi, COO & Sócia da Teros, empresa especializada em soluções de inteligência de dados, pricing e open source.
O Open Banking é uma forma automatizada e regulada de compartilhamento de dados no sistema financeiro, com o consentimento do dono do dado e sob regulação e supervisão do Banco Central. Tudo isso por meio de uma plataforma tecnológica e segura disponibilizada pela Estrutura Inicial de Governança.
Em economia, segundo a executiva, um dos problemas que impedem o mercado de alcançar o equilíbrio competitivo é a assimetria de informação. Já a adesão ao Open Finance traz benefícios importantíssimos para a economia como um todo, inclusive em termos de precificação. E esse é o principal fator de engajamento da Teros no Open Finance.
Para Ligia, é importante ressaltar os cinco pilares que norteiam o BC no que diz respeito ao Open Banking, e que são reforçados pelo primeiro relatório. O primeiro deles é inclusão da população ainda não bancarizada, favorecendo o acesso ao mercado financeiro; segundo é a competitividade, incentivando a concorrência nos sistemas financeiro e de pagamentos.
A transparência também é uma das bases, melhorando a qualidade e o fluxo das informações de mercado e do Banco Central, enquanto a educação aparece como quarto pilar ao estimular a poupança e a participação consciente no mercado. “Por fim, temos a sustentabilidade, que significa promover finanças sustentáveis e contribuir para redução de riscos socioambientais e climáticos na economia e no Sistema Financeiro”, esclarece a COO & Sócia.
Os resultados de todo esse investimento são visíveis e mostram que o fomento à inovação com o avanço do Open Finance nos beneficia com novos produtos e serviços financeiros e com possibilidade de expansão para outros setores da economia. “Quem trabalha com dados sabe que o grande trunfo de qualquer modelagem, algoritmo ou ideia disruptiva é a qualidade dos dados. E o Open Finance é isso: qualidade e veracidade de informações”, opina ela.
A especialista da Teros entende que o desafio agora é o Open Finance deixar de ser puxado pelo Banco Central e ser abraçado por todos, principalmente pelas pessoas físicas. “Esse processo deve ser liderado por empresas como nossa, que unem a capacidade tecnológica com ampla experiência de soluções práticas que utilizam inteligência de dados. Agora, é o momento de aproveitar as vantagens do Open Finance”, finaliza a COO & Sócia da Teros.