Bastaria responder que não e o post estaria concluído, mas isso tiraria a graça no escrever e até do ler.
Como explicar então o resultado de pesquisa de dois economistas do Banco da Itália? Eles descobriram que os ricos de hoje da Região de Florença são as mesmas famílias de 600 anos atrás. Interessante, não? O Wall Street Journal também achou. Como se pode ver por esse link – clique aqui.
Em função da minha experiência com empresas familiares, inclusive da Europa, onde tive oportunidade de interagir com companhias que já estavam na décima geração e até mais, esse artigo comprova algo que detectei. Depois da quarta geração tende a ter bons modelos referenciais a seguir. A família tende a manter o patrimônio, pois os jovens têm com quem aprender a fazê-lo.
O empreender é essencialmente mentalidade, mind set, como dizem os americanos. E ela é formada, em grande parte por imitação via observação e também, apesar de menos, por aprendizado. Integrantes da família empresária na quinta quarta ou quinta geração já tendem a ter superado o “pai rico, filho nobre, neto pobre” – tem bons referenciais com os quais convivem.
Melhor se modelar pessoas válidas e aprender a empreender quando jovem, mas nunca é tarde. Pode-se compensar, como adulto, com foco, ação e disciplina, mesmo quando adotados de forma consciente, até virarem hábito. Estou certo disso, pois uma das tarefas que mais aprecio é apoiar o desenvolvimento de herdeiros no seu processo de se transformarem em sucessores válidos.