Dra. Carla Rocha Farias alerta para os riscos do uso estético do PMMA: complicações graves preocupam especialistas

Dra. Carla Rocha Farias alerta para os riscos do uso estético do PMMA: complicações graves preocupam especialistas

A farmacêutica esteta Dra. Carla Rocha Farias faz um importante alerta sobre o uso do PMMA (polimetilmetacrilato) na estética. Apesar de ser um produto com liberação da Anvisa para um uso muito específico — o tratamento de alterações anatômicas decorrentes do uso de antirretrovirais em pacientes com HIV — o PMMA vem sendo amplamente utilizado de forma indiscriminada em procedimentos puramente estéticos. Essa banalização tem trazido graves consequências à saúde de muitos pacientes, levando inclusive a um movimento recente de especialistas e conselhos médicos pela proibição do seu uso em clínicas estéticas.

Por ser um polímero plástico, o PMMA não é absorvível pelo corpo humano, o que significa que permanece no organismo de forma permanente. Isso, por si só, já apresenta um risco importante: qualquer complicação decorrente do uso do produto é extremamente difícil — e muitas vezes impossível — de ser revertida. O que era para ser um simples procedimento de harmonização facial ou aumento de volume corporal pode evoluir para quadros sérios de infecção, necrose, migração do produto para outras áreas e até o surgimento de doenças autoimunes.

“É um material que não é reconhecido pelo organismo. Quando utilizado em grandes volumes, como vem sendo feito em procedimentos corporais — especialmente em preenchimentos de glúteos — o risco aumenta exponencialmente. Em caso de rejeição ou infecção, as intervenções para retirada do PMMA exigem raspagem de tecidos, o que leva à perda irreversível de partes do corpo ou do rosto”, alerta a Dra. Carla Rocha Farias.

Casos de complicações severas vêm ganhando destaque na mídia, incluindo relatos de internações prolongadas, cirurgias reparadoras complexas e até mortes associadas ao uso indevido do produto. .

“É preciso responsabilidade ao lidar com a saúde do outro. O uso do PMMA na estética precisa ser repensado com urgência. A busca por resultados duradouros e baratos tem levado pessoas a se submeterem a procedimentos perigosos, que colocam em risco sua integridade física e sua vida”, reforça a doutora.

Diante desse cenário preocupante, cresce a pressão sobre os órgãos reguladores para que haja uma revisão urgente na autorização do uso do PMMA. O Conselho Regional de Medicina (CRM) já se manifesta em prol da proibição do produto em procedimentos estéticos, a fim de proteger a população de danos irreversíveis.

A Dra. Carla Rocha Farias se une a outros profissionais da área da saúde para conscientizar a sociedade sobre os riscos e defender uma estética segura, ética e centrada no bem-estar real dos pacientes. A beleza não pode custar a saúde — nem a vida.